ACNUR realiza coletiva de imprensa com membros da Equipe Paralímpica de Refugiados
terça-feira, 24 de agosto de 2021, 14h29
- Membros da Equipe Paralímpica de Refugiados participaram de uma coletiva de imprensa com o Comitê Paralímpico Internacional em parceria com o ACNUR.
- Pela segunda vez na história, os Jogos Paralímpicos contam com a participação de seis atletas de quatro países que integram a Equipe Paralímpica de Refugiados.
- Eles competirão em cinco modalidades: natação, canoagem, arremesso de taco, lançamento de disco e taekwondo.
- A delegação representará as mais de 82 milhões de pessoas em todo o mundo que foram forçadas a fugir da guerra, perseguição e violações dos direitos humanos. Desse número, cerca de 12 milhões vivem com deficiência.

Legenda: Abbas Karimi, atleta afegão refugiado nos Estados Unidos, competirá na prova de natação
Foto: © Michael Reaves/Getty Images
O Comitê Paralímpico Internacional (IPC), em parceria com a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), realizou nesta segunda-feira (23), às 00h30 (horário de Brasília) uma coletiva de imprensa com participação de membros da Equipe Paralímpica de Refugiados que irão competir nos Jogos Paralímpicos Tóquio 2020. A coletiva com os atletas refugiados pode ser acompanhada virtualmente pela plataforma Teams por meio deste link.
Este ano, pela segunda vez na história, os Jogos Paralímpicos contam com a participação de atletas que integram a Equipe Paralímpica de Refugiados do IPC. O anúncio foi feito pelo comitê em 30 de junho e apresentou seis atletas – sendo uma mulher e cinco homens – de quatro países que competirão em cinco modalidades: natação, canoagem, arremesso de taco, lançamento de disco e taekwondo.
A Equipe Paralímpica de Refugiados competiu pela primeira vez há cinco anos, durante os Jogos Paralímpicos Rio 2016, com dois atletas. Este ano, poucos dias após a cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020, a delegação representará as mais de 82 milhões de pessoas em todo o mundo que foram forçadas a fugir da guerra, perseguição e violações dos direitos humanos. Desse número, cerca de 12 milhões vivem com deficiência.
Mensagem de esperança - O IPC, em parceria com o ACNUR, trabalha para garantir que esses atletas enviem uma mensagem de força e esperança para outras pessoas que foram forçadas a se deslocar. A Equipe também reforça o papel do esporte na integração de pessoas refugiadas em suas comunidades de acolhida e chama atenção para a importância de garantir assistência, serviços e oportunidades para pessoas com deficiência.
“Estou muito feliz em parabenizar cada um dos seis atletas nomeados hoje como membros da Equipe Paralímpica de Refugiados do IPC. Também estou imensamente orgulhoso de nossa colaboração com o Comitê Paralímpico Internacional na promoção da inclusão de pessoas refugiadas com deficiência no esporte. Esses atletas, como indivíduos e como uma equipe, estão enviando uma mensagem de esperança e inspiração para pessoas refugiadas em todo o mundo. Esperamos que esse exemplo nos aproxime de um mundo mais inclusivo e igualitário”, afirmou o alto-comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi, no dia do anúncio da Equipe.
Sobre a Equipe - Com o objetivo de compartilhar a jornada dos atletas olímpicos e paralímpicos nos Jogos Tóquio 2020, o ACNUR desenvolveu uma página específica para divulgar conteúdos exclusivos, materiais de apoio, recursos visuais e informações sobre a Equipe Paralímpica de Refugiados. A página, que pode ser acessada aqui, trazendo novas informações longo dos Jogos.
Além conhecer mais sobre a história dos seis integrantes da delegação de para-atletas, o público terá acesso a outros conteúdos sobre esportes, como a campanha “Reflexos”, realizada pelo ACNUR. O projeto é composto por cinco vídeos, em que atletas brasileiros e pessoas refugiadas que empreendem no Brasil se conhecem virtualmente e compartilham histórias. A série de vídeos conta com a participação do atleta e medalhista paralímpico Daniel Dias, que se despedirá das piscinas em Tóquio 2020.
A estreia dos atletas da Equipe Paralímpica de Refugiados do IPC nas arenas japonesas tem início nesta quinta-feira (26) e as participações podem se estender até 4 de setembro, penúltimo dia da Paralimpíada, dependendo da evolução dos atletas ao longo dos Jogos.
Sobre o ACNUR - A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) é uma organização humanitária internacional dedicada a salvar vidas, assegurar os direitos e garantir um futuro digno a pessoas que foram forçadas a deixar suas casas e comunidades devido a guerras, conflitos armados, perseguições ou graves violações dos direitos humanos.
O ACNUR está presente em 135 países, onde atua de forma coordenada com autoridades nacionais e locais, organizações da sociedade civil, setor privado e academia, visando garantir que as pessoas refugiadas e apátridas encontrem segurança e apoio para reconstruírem suas vidas com segurança nos países de acolhida.
Em janeiro de 2020, o ACNUR foi homenageado com a Taça Olímpica por contribuição ao esporte. A organização humanitária segue apoiando atletas refugiados e práticas esporticas como forma de desenvolvimento pessoal e social, sendo um meio propício à inclusão e facilitador do processo de integração de pessoas refugiadas nas comunidades anfitriãs.
Fonte: ONU