Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

TJRS: Círculo da Paz promove escuta e acolhimento a crianças e adolescentes em Cachoeirinha

terça-feira, 11 de novembro de 2025, 13h19

O Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (NUPEMEC) do TJRS e o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC) de Cachoeirinha promoveram, na sexta-feira (07/11), o Projeto Círculo da Paz “Carinho e Cuidado”, com crianças e adolescentes acolhidos institucionalmente que vivem no Acolhimento Institucional Municipal Amarelinha (AIMA).

 

A atividade, alusiva à Semana Nacional da Conciliação, foi conduzida pelas magistradas Tatiana Martins Costa Lorenz, titular do Juizado da Infância e Juventude de Cachoeirinha, e Suélen Caetano de Oliveira, da 3ª Vara Cível e Coordenadora do CEJUSC local.

 

O encontro teve como objetivo promover o diálogo, a escuta e a expressão dos sentimentos em um ambiente de respeito e acolhimento. Participaram três acolhidos, com idades entre 8 e 15 anos. O objeto da palavra utilizado no círculo foi um coelho, símbolo de delicadeza e cuidado, que passou de mão em mão enquanto cada criança compartilhava suas emoções, lembranças e esperanças.

 

Segundo a Juíza Tatiana Lorenz, a participação no Círculo foi uma experiência especial. "Ouvir as crianças e adolescentes falarem sobre seus anseios reforçou o quanto é essencial que se sintam amados, protegidos e valorizados, pois é isso que esperam de um ambiente familiar. Iniciativas como o Círculo da Paz são fundamentais, pois oferecem um espaço seguro de escuta, diálogo e expressão emocional, especialmente para aqueles que vivenciam rupturas afetivas e experiências de dor no seio de sua família originária”, disse. A magistrada destacou ainda que momentos como esse fortalecem vínculos e reafirmam a importância de enxergar cada acolhido como sujeito de direito e de afeto.

 

Já a Juíza Suélen de Oliveira salientou que a atividade foi centrada na reflexão sobre o cuidado com o outro e a reciprocidade, visando ao aprofundamento da conexão entre os acolhidos. "Foi um convite aos envolvidos para olhar para o outro", resumiu a magistrada. Segundo a Juíza, o momento de fala encantou as crianças, e trouxe a percepção de que são capazes de cuidar de um ser tão frágil e indefeso. "Empoderados desse sentimento de cuidado, foram convidados a ouvirem os coleguinhas, respeitando seus sentimentos e permitindo-se cuidar do outro, como também a se abrirem aos cuidados e carinho dos colegas", completou.

 

 

FONTE: TJRS


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