UNICEF: Mais uma criança baleada na escola. Até quando?

Um menino de sete anos foi baleado dentro de uma escola municipal na Zona Oeste do Rio de Janeiro, durante a aula de Educação Física, nesta sexta-feira (15/08). A criança sobreviveu, mas o trauma e os impactos da violência vão ficar marcados na vida dele, de sua família, das demais crianças, de educadores, funcionários e toda a comunidade escolar.

Não há segurança para aprender em territórios que vivem sob domínio armado.

Um estudo realizado por UNICEF, Instituto Fogo Cruzado, Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos e CERES/UERJ revelou que a violência armada coloca vidas em risco, afeta a saúde mental e corrói as chances de desenvolvimento pleno de crianças e adolescentes, aprofundando desigualdades estruturais. Mais de 800 mil crianças e adolescentes, de 1,8 mil escolas públicas do Rio de Janeiro e outros 19 municípios da região metropolitana, estudavam em áreas dominadas por grupos armados em 2022. No mesmo ano, foram registrados um número assustador de mais de 4,4 mil tiroteios em situações ou não de operações/ações policiais nas imediações de escolas.

Esse cenário precisa mudar. O UNICEF se solidariza com a criança, com a família e toda a comunidade escolar. E reafirma: é urgente enfrentar com seriedade o controle territorial armado e seus impactos no cotidiano das escolas. A escola precisa ser um lugar de aprendizado e proteção, não de ameaça e medo. Neste momento, ainda com mais convicção, o UNICEF se propõe a aprofundar o debate, fortalecer alianças e contribuir com estratégias que garantam, a cada criança e cada adolescente, o direito a uma educação que protege. Chega de violência!

FONTE: UNICEF