Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

Lei da “saidinha” será analisada em plenário semana que vem, diz Pacheco

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024, 17h23

Proposta voltou a debate após a morte de um PM em Minas Gerais, no início do ano

 

Lei da “saidinha” será analisada em plenário semana que vem, diz Pacheco

 

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse à CNN que o plenário da Casa vai analisar na semana que vem o projeto que limita a saidinha. A ideia é pautar a proposta já para a sessão de terça-feira (20).

 

Na semana passada, foi aprovado requerimento de urgência para votar o texto direto ao plenário, sem passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

 

A proposta voltou ao debate no início do ano, após a morte de um policial militar em Minas Gerais. O suspeito do crime é um detento que ganhou o benefício e não retornou à prisão.

 

Ganhou ainda mais força nesta semana, diante da discussão sobre o sistema penitenciário brasileiro em meio à fuga histórica de dois presos ligados à facção Comando Vermelho de uma penitenciária de segurança máxima de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

 

Na avaliação de líderes partidários, esse é o momento ideal para o Congresso Nacional dar uma resposta a um clima de insegurança pública que tem crescido no país.

 

A saída temporária é concedida como forma de ressocialização dos presos e manutenção de vínculo deles com o mundo fora do sistema prisional.

 

Atualmente, a legislação permite o benefício a presos do regime semiaberto que já tenham cumprido o mínimo de um sexto da pena, se for primário, e um quarto, se for reincidente.

 

O texto que propõe alterar a Lei de Execução Penal para acabar com o benefício começou a ser discutido pelo Senado Federal em 2013.

 

Em agosto de 2022, foi aprovado pela Câmara dos Deputados. Como foi alterado pelos deputados, precisou retornar ao Senado Federal.

 

O relator Flávio Bolsonaro (PL-RJ) acolheu uma emenda do senador Sergio Moro (União Brasil-PR) para que o benefício seja aplicado a presos em regime semiaberto que tenham atividades educacionais externas.

 

A mudança, no entanto, não se estenderia para quem cometeu crimes hediondos ou com grave ameaça. Atualmente, o benefício é negado apenas a quem pratica crime hediondo.

 

O texto também determina a necessidade de um “exame criminológico” para que um preso tenha direito à progressão de regime.

 

Atualmente, a legislação não faz menção específica ao exame criminológico nem a indícios de baixa periculosidade.

 

A proposta também estabelece três novas situações que podem determinar a fiscalização por meio de tornozeleira eletrônica: livramento condicional, execução da pena em regimes aberto e semiaberto e restrição de direitos relativa à proibição de frequentar lugares específicos.

 

Fonte: CNN


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