A versão mais recente do guia foi elaborada em parceria com o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens) da USP, com o apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/Brasil). O impacto dessas pesquisas pode ser visto em algumas políticas públicas de alimentação popular, como nas cozinhas solidárias do Estado. Nessas, só são permitidos itens da nova cesta desde a sua adoção, conforme destaca. ”Agora a gestão municipal é a principal responsável para desempenhar um papel fundamental de subsidiar feiras e promover a alimentação saudável”, diz.
Segundo a professora, para que o poder público valorize locais que oferecem alimentos exclusivamente saudáveis, como feiras, é necessário esse prévio diagnóstico dos locais de aquisição da população. “Identificar em que grau as diferentes pessoas brasileiras estão expostas a comida ‘boa’ e comida ‘ruim’ foi o principal”, destaca. A partir disso, políticas mais ambiciosas podem ser cogitadas em compromisso com a saúde pública, como um sistema de abastecimento alimentício popular, assim como ocorre com o programa farmácia popular – subsídio público que oferece preço acessível em remédios para doenças crônicas, mas voltado para alimentação com foco nos saudáveis.
O artigo Sistema de classificação dos locais de aquisição de alimentos com base no Guia Alimentar para a População Brasileira: Locais-Nova pode ser acessado clicando aqui.
Mais informações: m.andersonlucas@gmail.com, com Marcos Anderson Lucas da Silva
* Estagiário sob orientação de Tabita Said
**Estagiária sob orientação de Moisés Dorado