MPMA: SÃO LUÍS – Inclusão escolar de crianças autistas é discutida em seminário
quinta-feira, 04 de dezembro de 2025, 12h45
Com o tema “Estratégias de ensino colaborativo para inclusão escolar de crianças e estudantes autistas” a segunda edição do Seminário Projetea foi aberta na manhã desta quarta-feira, 3, no auditório do Centro Cultural do Ministério Público do Maranhão. Membros e servidores do MPMA, professores, gestores escolares e estudantes compareceram ao evento.
Promovida pelo Centro de Apoio Operacional de Defesa dos Direitos das Pessoas Idosas e das Pessoas com Deficiência (CAO-PIPD), Escola Superior do MPMA e Secretaria Municipal de Educação (Semed), a atividade foi alusiva ao Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, 3 de dezembro.

Seminário foi alusivo ao Dia Internacional da Pessoa com Deficiência
Implementado desde 2023 na rede pública municipal de ensino, o Projeto de Intervenção Pedagógica para Crianças e Estudantes com Transtorno do Espectro Autista (Projetea) propõe a inclusão escolar por meio do ensino colaborativo, visando alcançar progressos no desenvolvimento e aprendizagem das crianças e estudantes com TEA.
Na abertura do seminário, o coordenador do CAO-PIPD, promotor de justiça Alenilton Santos da Silva Júnior, destacou a importância da luta pela inclusão nas escolas e do combate ao capacitismo, por meio da troca de experiências e de conhecimento. “Estamos aqui pela questão da inclusão como direito fundamental, pela questão da igualdade, pela questão da acessibilidade, ou seja, vencer barreiras, vencer bloqueios. Portanto, vamos acompanhar os debates sobre essa proposta de ensino colaborativo, que é o Projetea”.

Alenilton Santos (centro) destacou a importância da inclusão
O titular da 2ª Promotoria de Justiça de Defesa da Educação de São Luís, Lindonjonson Gonçalves de Sousa, também ressaltou a necessidade da troca de informações para a melhoria da prestação do serviço público, incluindo na área de educação. “O seminário é uma oportunidade para o compartilhamento de experiências. Vamos ouvir a população, os usuários do serviço público, para que a gente possa desencadear os processos e colocar a educação de São Luís num patamar muito melhor”.
Também compuseram a mesa e se pronunciaram a secretária municipal de Educação, Ana Carolina Marques de Salgado; a coordenadora-geral do Projetea, Maísa Cunha Pinto; a secretária extraordinária dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Maria Rocha; a coordenadora do atendimento educacional especializado do Projetea, Michelli Karina Chaves; a representante das famílias, Raquel Corrêa.

Maísa Cunha detalhou o trabalho desenvolvido no Projetea
ENSINO COLABORATIVO
Em seguida, a coordenadora-geral do Projetea, Maísa Cunha Pinto, apresentou o conceito, a importância e as aplicações do ensino colaborativo, que consiste numa organização pedagógica, em que o professor da classe comum e o do atendimento educacional especializado atuam juntos, de maneira planejada e contínua, dentro dos espaços regulares de aprendizagem. “Os dois professores podem adaptar, adequar, reavaliar as propostas da Política Nacional de Educação Especial Inclusiva (PNEEI) para que se alcance o pleno desenvolvimento da criança”.
E completou: “O ensino colaborativo valoriza a diversidade e promove o combate ao capacitismo. Permite que sejam desmistificados certos conceitos construídos e fortalece a ampliação do entendimento sobre deficiência e a potencialidade dos estudantes”.

Crianças com deficiência fizeram apresentações culturais
DADOS
Em 2021, foram 2.022 matrículas na educação especial. Neste ano, foram 3.619. Desses, 754 estudantes estão na educação infantil, 2.575 estão no ensino fundamental e 108 estão na educação de jovens, adultos e adultos.
No ano passado, quando foi iniciado o Projetea, foram matriculados 1.594 alunos com TEA. Já em 2025 foram 2.148. O número de escolas com Projetea é de 20 unidades.
Depois, a representante das famílias, Raquel Corrêa, relatou os avanços no processo de educação de seu neto, Davi.
Durante a manhã, também foi realizada a roda de conversa com os temas “A intersetorialidade para a inclusão escolar”, apresentada pelo professor Alexandrey de Melo, que destacou a importância do diálogo entre as áreas da saúde, educação e assistência social para a inclusão escolar, e “As garantias da inclusão escolar dentro das propostas no Projetea”, com o promotor de justiça Alenilton Santos da Silva Junior. A atividade contou com a participação do defensor público estadual Fábio Carvalho.

Roda de conversa debateu aspectos sobre o autismo e educação
A programação de abertura também contou com apresentações culturais de crianças com deficiência.
Redação: CCOM-MPMA
FONTE: MPPA