Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

LUNETAS: Minuto Lunetas com Silvane Vasconcelos: representatividade na infância

sexta-feira, 28 de novembro de 2025, 12h16

No mês da Consciência Negra, o Minuto Lunetas convida a olhar as infâncias negras. Afinal, o que significa, para uma criança, se ver no mundo? Para ampliar o debate, o quadro reúne vozes que ajudam a responder: qual a importância da representatividade?

 

Desta vez, quem compartilha suas reflexões é a pediatra Silvane Vasconcelos. Ela sugere olhar para o tema a partir do cuidado com a infância, observando como o mundo olha e devolve às crianças a imagem simbólica de quem elas são e de quem podem ser.

 

Confira também as respostas de Ediane Ribeiro, psicóloga, escritora e comunicadora, e de Natália Sousa, jornalista, escritora e podcaster.

 

Pertencimento: a base dos sonhos possíveis

 

“É preciso olhar para a criança como um corpo cultural e político e não apenas para sua expressão física biológica”, defende. “Como diz a educadora Bárbara Carini, a representatividade não é vaidade, é sobrevivência simbólica.”

 

Para Silvane, é por meio da representatividade que se constroem os sentidos de pertencimento, identidade, possibilidade e devir. “Quando uma criança vê o seu cabelo, o seu tom de pele ou sua família representados em telas, livros, espaços e lugares sociais, o corpo relaxa e a autoestima se amplia. Assim, a ideia de futuros possíveis passa a existir.”

 

As referências positivas têm poder transformador: quando uma menina vê uma médica negra, pode acreditar que aquele também é um lugar para ela. E, ao aprender que a ciência pode ter o seu rosto, se permite sonhar com essa possibilidade, abrindo caminho para imaginar e existir de outras formas.

 

“Representatividade é quando uma criança se vê e passa a existir.”

 

 

FONTE: LUNETAS


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