TJCE: Programa “Judiciário em Evidência” mostra que a adoção envolve muito cuidado e, principalmente, amor

Entre os requisitos para se adotar crianças e adolescentes, o amor é condição essencial. É uma atitude que transforma vidas, não apenas dos jovens que estão em acolhimento institucional, mas das famílias que os recebem. Em alguns casos, a adoção significa o próprio conceito de família. É isso que o Judiciário em Evidência, programa de TV do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), mostra na edição que já está disponível.

A equipe ressalta que as regras para adotar têm a finalidade de proteger os jovens e garantir o que é melhor para eles, com base na lei. A repórter Delane Ratts explica sobre o programa que garante à gestante ou à mãe o direito de manifestar a vontade de entregar a criança para adoção, de forma segura, preservando os direitos e recendendo toda a assistência. “Na maioria das vezes tem mais desistência da entrega que a própria entrega, porque a mulher passa por um processo de acompanhamento, ela vai amadurecendo, se fortalecendo emocionalmente”, afirma Claudinete Gomes, psicóloga do programa Entrega Legal da Fundação da Criança Cidadã (Funci).

A reportagem foi ao lar do casal Daybid e Rivan e das filhas Ana e Estela, duas meninas bem comunicativas que fazem a alegria da família. “Eu não sei definir quem eu sou hoje. Mudou tudo. Hoje, tudo que vamos fazer pensamos nelas”, diz, emocionado, Rivan Silva.

E não é necessário ser casada ou casado para adotar. O repórter Luís Carlos Silva conta a experiência da Divânia Menezes, que precisou reorganizar os planos para formar a família dela. “Quando a Justiça me chamou e falou que tinha não uma criança, mas três, e que eu podia esperar ou que eu podia aceitar os três, eu não pensei duas vezes. Eu voltei de novo lá, mudei meu cadastro e disse que ficaria com os três”, conta Divânia.

É importante que as famílias estejam preparadas para lidar com os desafios emocionais e psicológicos que podem surgir após a adoção, como mostra o repórter Denes Barbosa. O jornalista explica como funciona o cadastro no Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA) e todo o passo a passo para se adotar no Brasil, como os cursos preparatórios.

“São tratados vários aspectos, os sociais, psicológicos e jurídicos. Os sociais: quem são essas crianças que vão para a adoção? De onde elas vieram? Do que elas precisam? O psicológico, tem participação de grupos de apoio à adoção, trocas de experiências, no sentido de preparar essas pessoas do que vem pela frente. E também a parte jurídica”, informa Natália Cruz, coordenadora de Processos Judiciais e Administrativos da Infância e da Juventude da Comarca de Fortaleza.

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FONTE: TJCE