TJSE - Juíza do TJSE participa de ação do CNJ para meninas e mulheres da Ilha de Marajó
quarta-feira, 27 de agosto de 2025, 14h43
A juíza Juliana Martins, coordenadora da Mulher do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE), está participando da ‘8ª ação para meninas e mulheres do Marajó: o papel do Judiciário na proteção integral de meninas e mulheres vítimas de violência’. O evento, promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), tem como objetivo enfrentar a violência e a exploração sexual contra mulheres e meninas no arquipélago localizado no Pará.
Além da conscientização da população sobre seus direitos e formas de violência, as atividades incluíram capacitações para os profissionais que atuam na rede de proteção. O tema da ação do CNJ foi apresentado pela juíza Juliana Martins na Escola Municipal Nossa Senhora Perpétuo Socorro, na segunda-feira, 25/8, no município de Santa Cruz do Arari; e, no dia seguinte, no Ginásio Poliesportivo Manelão, em Cachoeira do Arari. Ela também visitou equipamentos que atendem a população em situação de vulnerabilidade social.
“É incrível participar dessa campanha do CNJ porque temos acesso a realidades muito diferentes, mas percebemos que os problemas são comuns. A violência doméstica contra a mulher e a exploração sexual de crianças e adolescentes acontece em todos lugares. Aqui a dificuldade é maior por conta da locomoção. As comunidades são isoladas e praticamente as políticas públicas não existem. Então, o Poder Judiciário de Sergipe apresentou muitas ideias e colaborou com nossa expertise”, comentou a magistrada, que foi convidada para a ação pelo CNJ e teve autorização da Presidência do TJSE para participar.
A ação foi aberta no sábado, 23/8, pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do CNJ, ministro Luís Roberto Barroso. “Eu vim aqui dar apoio aos juízes e às autoridades locais que enfrentam esse problema e tentar criar uma cultura diferente, para se mudar esse comportamento. Compartilho da ideia de que homem que bate em mulher é covarde e quem pratica abuso sexual contra meninas é uma pessoa que perdeu a humanidade. Nós precisamos enfrentar e derrotar isso”, reforçou o ministro.
O evento termina nesta quarta-feira, 26/8, e a juíza Juliana Martins vai apresentar um relatório para o CNJ com as considerações e resultados. Nos dois municípios visitados, a magistrada notou um quadro extremo de vulnerabilidade social e violação de direitos fundamentais de crianças e adolescentes. “É imprescindível o desenvolvimento de políticas públicas integradas, começando pela garantia de acesso à educação de qualidade e de infraestrutura básica, de modo a assegurar dignidade, inclusão e cidadania à população”, considerou.
FONTE - TJSE