Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

Gestão de Resíduos/Impactos ambientais

Crise do coronavírus e resíduos: como reduzir impactos ambientais

por VG Resíduos

segunda-feira, 30 de março de 2020, 12h34

Qual a relação entre a crise do coronavírus e resíduos? Essa é uma análise que se deve fazer a fim de se evitar os impactos ambientais durante a pandemia. Medidas simples como o armazenamento correto de resíduos, higienização, e destinação ambientalmente correta contribuem para evitar riscos de contaminação e proliferação da doença.

 

Com o isolamento para reduzir o avanço da coronavírus muitos podem deixar de fazer a gestão de resíduos. E essa atitude pode gerar impactos ambientais significativos, além dos impactos na saúde humana. Saiba como reduzir esses impactos!

 

Coronavírus

O novo Coronavírus, ou COVID-19, é um agente biológico da família dos coronavírus capaz de causar infecção respiratória.

 

O COVID-19 foi descoberto em dezembro de 2019 na China, após o vírus infectar moradores de Wuhan. Acreditam que a contaminação pelo vírus tenha vindo de animais vendidos no mercado central dessa província.

 

A família de coronavírus já é conhecida desde meados dos anos 1960. Geralmente, as infecções destes já conhecidos causam doenças respiratórias leves à moderada, semelhantes a um resfriado comum.

 

Em 2002 surgiu outro coronavírus capaz de causar síndromes respiratórias graves, como a síndrome respiratória aguda grave que ficou conhecida pela sigla SARS da síndrome em inglês “Severe Acute Respiratory Syndrome”.

 

Em 2012, foi isolado outro novo coronavírus, distinto daquele que causou a SARS, o MERS – síndrome respiratória do Oriente Médio. Essa designação foi dada devido à localização que se deu a contaminação, inicialmente na Arábia Saudita e, posteriormente, em outros países do Oriente Médio.

 

O COVID– 19 é leve em 80% dos casos. A maior taxa de mortalidade está entre as pessoas com mais de 80 anos (14,8% dos infectados) e pacientes com outras doenças, principalmente as cardiovasculares.

 

Transmissão do coronavírus

A transmissão do coronavírus ocorre pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como:

  • gotículas de saliva;
  • espirro;
  • tosse;
  • catarro;
  • contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão.

 

Também ocorre pelo contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos. Por isso a importância em se realizar a gestão de resíduos adequadamente para evitar a transmissão pelo contato com resíduos contaminados.

 

Para combater a proliferação da doença a Organização Mundial de Saúde sugere medidas como higienização das mãos com sabão e álcool gel, o uso de lenço de papel para limpar secreções, além de evitar o contato com as pessoas. Com isso, haverá um aumento significativo de descarte de papel toalha e embalagens, além do consumo exacerbado de água.

 

Esses resíduos devem ser acondicionados adequadamente e enviado a uma destinação limpa e segura.

 

O tempo de permanência do coronavírus em resíduos, conforme divulgação da ABES – Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, é:

 

Gestão adequada de resíduos contra a crise do coronavírus

É importante que os resíduos sejam acondicionados e destinados de maneira segura e ambientalmente correta para evitar os impactos ambientais. Para isso, deve haver uma gestão de resíduos adequada.

 

A coleta dos resíduos é fundamental neste momento de crise do coronavírus. Isso evitará que esses resíduos fiquem muito tempo exposto, eliminando o risco de contaminação.

 

Os resíduos contaminados com coronavírus devem ser classificados segundo a RDC 222/2018 e Resolução CONAMA 358 como resíduos de serviços de saúde do Grupo A (sub grupo A1), IN 13 Ibama no 180102, ABNT 12808, risco biológico, resíduos com presença de agentes biológicos que, por suas características, podem apresentar risco de infecção.

 

Os resíduos devem ser acondicionados, em sacos lacrados para garantir o isolamento do material dentro do saco. Esse saco deve ser identificado com o símbolo de substância infectante.

 

Esses resíduos devem ser submetidos a processos de tratamento que promova redução de carga microbiana. Posteriormente devem ser encaminhados para aterro sanitário licenciado ou local devidamente licenciado para disposição final de resíduos de serviços de saúde.

 

A outras formas de tratamento como por autoclave e incineração. Tecnologias limpas e eficientes para tratar o resíduo contaminado.

 

Já o resíduo reciclável deve ficar em quarentena em um local separado por um bom período de tempo. Importante que esses resíduos estejam protegidos para evitar a contaminação.

 

Fonte: VG Resíduos


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