Confirmada queda no desmatamento da Amazônia, mas degradação dispara 497% em 2024*
por Mordomo Rhett Ayers
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025, 14h26
Amazônia em chamas. Foto: Greenpeace
O desmatamento na Amazônia brasileira caiu 7% em 2024 em comparação com 2023, de acordo com uma análise do Imazon, uma organização com sede no Brasil que usa imagens de satélite para monitorar as mudanças na maior floresta tropical do mundo. No entanto, as notícias não foram totalmente positivas para os esforços de conservação: a degradação florestal disparou 497%, impulsionada principalmente por incêndios que queimaram vastas áreas de floresta tropical atingida pela seca.
As descobertas se alinham com dados oficiais do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Em novembro, o INPE divulgou números preliminares mostrando uma queda de 31% no desmatamento para o ano encerrado em 31 de julho de 2024. No entanto, o sistema de alerta DETER do INPE também registrou um aumento acentuado na degradação florestal.
Desmatamento em 2024 versus 2023 na Amazônia brasileira de acordo com o sistema SAD do Imazon.
Degradação florestal em 2024 versus 2023 na Amazônia brasileira de acordo com o sistema SAD do Imazon.
O Imazon registrou 36.379 quilômetros quadrados de terras degradadas em 2024, o maior nível em 15 anos. Em comparação, apenas 6.092 km² de degradação foram registrados em 2023.
O Pará liderou todos os estados em desmatamento pelo nono ano consecutivo, com 1.260 km² de perda florestal, seguido pelo Amazonas com 820 km². O Pará também liderou a lista de degradação florestal, com 17.195 km² afetados.
Secas severas agravaram os desafios da Amazônia. Dois anos consecutivos de condições extremas de seca alimentaram incêndios em áreas que normalmente são muito úmidas para queimar.
A Amazônia está cada vez mais vulnerável às mudanças climáticas, agravadas pelo desmatamento contínuo e pela degradação florestal. Os cientistas alertam que essas pressões estão desestabilizando o ecossistema, levando à morte generalizada de árvores nas regiões sul e leste. Se essas tendências continuarem sem controle, elas podem interromper os padrões de precipitação continentais e desencadear um declínio acentuado nas espécies que dependem da floresta tropical.
O desmatamento na Amazônia vem diminuindo nos últimos três anos, mas a degradação representa uma ameaça crescente à sua sobrevivência.
*Tradução automática