Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

El Niño pode ser devastador para a Amazônia, alertam pesquisadores

por CRISTIANE PRIZIBISCZKI · 

sexta-feira, 12 de maio de 2023, 18h34

Águas do Pacífico estão se aquecendo e fenômeno é esperado para o segundo semestre de 2023. Alta no desmatamento nos últimos meses piora cenário
 

Lago do Aleixo, em Manaus (AM), em outubro de 2015, impactado pela seca severa trazida pelo El Niño naquele ano. FOTO AFP/Raphael Alves
 

A Administração Oceânica e Atmosférica americana (NOAA) atualizou nesta quinta-feira (11) suas previsões, indicando ser de 90% a chance de o fenômeno El Niño ocorrer com intensidade no segundo semestre de 2023. Para a Amazônia, isso pode significar uma temporada intensa de incêndios, com cenários devastadores, alertam cientistas.
 

Na última semana, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) já havia indicado que as chances de as águas do Pacífico saírem de um estado neutro para El Niño era de 60% entre maio e junho, aumentando para cerca de 70% em junho-agosto, e 80% entre julho e setembro. 
 


“Acabamos de ter os oito anos mais quentes já registrados, embora tenhamos tido um resfriamento de La Niña nos últimos três anos e isso funcionou como um freio temporário no aumento da temperatura global. O desenvolvimento de um El Niño provavelmente levará a um novo pico no aquecimento global e aumentará a chance de quebrar recordes de temperatura”, disse o Secretário-Geral da OMM, Prof. Petteri Taalas, no comunicado intitulado “Prepare-se para o El Niño”.
 

Entenda o que é o El Niño

O El Niño é um fenômeno oceano e atmosférico que ocorre simultaneamente e de forma interdependente. Ele se manifesta principalmente no aquecimento das temperaturas da superfície do Oceano Pacífico na região equatorial e na redução dos ventos nesta mesma região.
 

“A temperatura aumenta porque os ventos são fracos e os ventos são fracos porque a temperatura aumenta, por isso dizemos que é um fenômeno acoplado e de longa duração”, explica Marcelo Seluchi, coordenador do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).

Veja na íntegra a notícia AQUI.

Fonte: O Eco


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