MPGO - Com atuação do Gaejuri, MPGO obtém condenação de dois homens ligados a facção criminosa por homicídio qualificado de adolescente em Caldas Novas
quarta-feira, 19 de novembro de 2025, 10h59
O Grupo de Atuação Especial do Tribunal do Júri (Gaejuri) do Ministério Público de Goiás (MPGO) obteve a condenação de Marcelo Gaudioso e Danilo Pereira da Silva pelo homicídio qualificado de um adolescente de 17 anos, ocorrido em Caldas Novas, em abril de 2023.
Durante a sessão do Tribunal do Júri, realizada na última sexta-feira (7/11), o MPGO foi representado pelas promotoras de Justiça Yule Reis Mota e Elissa Tatiana Pryjmak, integrantes do Gaejuri. O Conselho de Sentença reconheceu a prática do crime por motivo torpe e com emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima, conforme previsto no artigo 121, parágrafo 2º, incisos I e IV, do Código Penal.
Marcelo foi condenado a 14 anos de reclusão, enquanto Danilo recebeu pena de 21 anos de prisão, ambas a serem cumpridas em regime fechado. A sentença também acolheu o pedido do MPGO e determinou que cada condenado pague o equivalente a 20 salários mínimos, a título de indenização por dano moral coletivo, nos termos do artigo 387, inciso IV, do Código de Processo Penal.
De acordo com a denúncia oferecida pelo promotor de Justiça Sávio Fraga e Greco, os acusados — conhecidos pelos apelidos Marcelinho e Bigode — invadiram uma residência durante a madrugada de 1º de abril de 2023, com o objetivo de matar um desafeto ligado a uma facção criminosa rival.
Armados com um revólver calibre .38 e uma pistola .380, arrombaram a porta do imóvel, identificaram-se falsamente como policiais e, ao encontrarem o adolescente Tiago Laércio Leite, que dormia em um colchão, efetuaram ao menos dez disparos, acreditando tratar-se do alvo planejado. A vítima morreu no local.
As investigações apontaram que Marcelo e Danilo tinham vínculos com o Comando Vermelho (CV) e agiram motivados por conflitos entre facções criminosas rivais, já que o verdadeiro alvo era associado ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e aos Amigos do Estado (ADE). (Texto: Renan Castro/Residente da Assessoria de Comunicação Social do MPGO)
FONTE: MPGO