Rede de Cuiabá apresenta projetos que fortalecem a proteção à mulher em encontro do TJMT
quinta-feira, 11 de dezembro de 2025, 12h25

As boas práticas de proteção à mulher desenvolvidas em Cuiabá ganharam destaque, nesta quarta-feira (10), no II Encontro das Redes de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar. As ações foram compartilhadas pela juíza Ana Graziela Vaz de Campos Alves Corrêa, no painel “A constituição da Rede de Enfrentamento de Cuiabá: Fluxograma, Guia e Atuação”.
Promovido pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), o encontro fomenta debates sobre temas como o fortalecimento das ações de prevenção e combate à violência contra a mulher. A ideia é também oportunizar a troca de experiências entre as Redes de todo o estado, estabelecendo um fluxograma semelhante e contribuindo para uma atuação padronizada.
A magistrada apresentou uma série de iniciativas voltadas à conscientização, capacitação, geração de emprego e oferta de serviços jurídicos e de cidadania. Entre as atividades, Ana Graziela citou o Comitê para Análise dos Feminicídios, Projeto Hora da Oportunidade, Virando a Página, Mulheres em Defesa, Empodera Mulher, entre outros.
“A Rede de Enfrentamento de Cuiabá foi implementada, de fato, em setembro de 2020. Hoje, com os vários projetos que desenvolvemos, percebemos que as mulheres vão criando uma amizade, afinidade, e uma acaba ajudando a outra”, relatou a juíza titular da 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar de Cuiabá.
O painel contou ainda com a participação do juiz Marcos Terêncio Agostinho Pires, titular da 2ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar de Cuiabá, da juíza Djéssica Giseli Kuntszer, da Comarca de Pontes de Lacerda, e da juíza Maria Mazarelo Farias Pinto, titular da Vara de Violência Doméstica e Familiar de Rondonópolis.
“É extremamente gratificante participar desse evento. Ele nos dá a oportunidade de ganhar novas experiências com outras cidades e comarcas. Esse compartilhamento nos traz mais motivação para alcançar o nosso objetivo, que é proteger as mulheres das violências nos mais diversos níveis”, disse a juíza Maria Mazarelo.
Para a juíza Djéssica Giseli Kuntszer, o trabalho em conjunto é fundamental para continuar avançando. “As Redes são encabeçadas pelo Poder Judiciário, mas para elas surtirem efeito é de extrema importância a participação de vários componentes, inclusive a própria sociedade”, afirmou Djéssica.
As Redes
As Redes de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar são criadas e implantadas pela Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cemulher-MT), sob liderança da desembargadora Maria Erotides Kneip.
A iniciativa visa unir esforços de órgãos, instituições e profissionais para ofertar apoio, acolhimento e proteção às mulheres. O trabalho integrado garante respostas rápidas e eficazes diante de cenários de violência de gênero, doméstica e familiar. Até o momento, 96 Redes estão em funcionamento em diferentes cidades do estado.
Fonte: TJMT