Juíza concede entrevista a emissoras de TV sobre questionário para casos de violência contra a mulher

A Juíza Fabriziane Zapata, titular do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher do Riacho Fundo e uma das Coordenadoras do Núcleo Judiciário da Mulher (NJM/TJDFT), concedeu entrevista ao programa DF no Ar, da Record, que foi ao ar nessa segunda-feira, 5/2. Na ocasião, a magistrada falou sobre o questionário para pessoas identificarem casos de violência contra as mulheres e a importância delas se identificarem em uma relação violenta, mas também para os homens identificarem seus comportamentos de machismo e de controle de sentimento de propriedade sobre a mulher. 

“Um relacionamento abusivo nem sempre será violento. O importante é a pessoa se conscientizar e buscar a necessidade de mudança. A mudança nunca acontece de uma pessoa só. Muitas mulheres acham que o amor e cuidado delas vai ser o suficiente para aquele indivíduo mudar. Aquele indivíduo precisa reconhecer que precisa de mudança”, explicou a Juíza Fabriziane Zapata.  

A Coordenadora do NJM destacou, ainda, que o assunto é tema de segurança pública. "Se há uma violência, inclusive já colocando em risco a integridade física e psicológica da mulher, ela precisa denunciar, buscar ajuda na Polícia Civil, da Polícia Militar ou ir a uma delegacia de polícia", frisou.

Globo Comunidade

A magistrada do TJDFT também participou do programa Globo Comunidade, da TV Globo, que foi ao ar no último domingo, 4/2. Ao programa, a juíza falou sobre o desenvolvimento do questionário pelo TJDFT. “Nós pensamos em trazer, de alguma forma mais simples, algo que as pessoas, no dia a dia, pudessem responder e refletir a respeito dos seus relacionamentos. Cada uma dessas perguntas que constam nesses questionários são feitas com base no que nós chamamos tecnicamente de fatores de risco. Com base nesse questionário, nosso objetivo é que a pessoa que responde a ele possa refletir sobre a sua vida”, afirmou. 

Além disso, falou sobre ainda dos reflexos da violência doméstica e familiar contra a mulher na sociedade. “Não é uma luta apenas das mulheres pelas mulheres. É uma luta de toda a sociedade porque, quando há a violência contra a mulher, no âmbito doméstico, necessariamente esta família está em crise. Se os filhos presenciam esta violência, há reflexos na economia, há reflexos na comunidade, há reflexos na criminalidade local”, concluiu.

O quiz do TJDFT conta com 17 perguntas sobre relacionamento abusivo. 

Fonte: TJDFT