Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

Núcleo de Proteção à Mulher promove escuta social com movimentos sociais de mulheres

quarta-feira, 28 de junho de 2023, 12h31

 

O Ministério Público do Estado, por meio do Núcleo de Proteção à Mulher, promoveu na sexta-feira, 23, em Belém, a primeira etapa do projeto “Escuta Social destinada aos movimentos sociais de mulheres”. O objetivo do projeto é discutir políticas públicas em favor das mulheres, junto com movimentos sociais organizados por elas e que tem como foco essas questões. Durante o ano serão realizadas várias escutas em municípios do Pará. A iniciativa tem a frente a Coordenadora do Núcleo Mulher, Luziana Dantas, a Coordenadora Adjunta, Viviane Sobral e a Promotora de Justiça Herena Melo.

 

Participaram do evento instituições integrantes da Rede de Proteção à Mulher e representantes de movimentos sociais de mulheres. Estavam presentes, entre outros: Secretaria de Estado da Mulher, representada por Maria Clarice; Coordenadora da Região Metropolitana do Movimento de Mulheres do Campo e da Cidade do Estado do Pará (MMCC), Raimunda Lima; Movimento de Mulheres do Campo e da Cidade - Coordenadora do Nordeste do Estado do Pará, Elisety Veiga; Coordenadora do Fórum de Enfrentamento à Violência contra a Mulher, Cléa Gomes; representante do CEDENPA, do Movimento Negro e Membro do Comitê de Defensores e Defensoras dos Direitos Humanos, Fátima Matos; Coordenadora de Diversidade Sexual e Gênero da  Secretaria de Igualdade Racial e Direitos Humanos (Seirdh), Darlah Conceição.

 

“O projeto começa aqui por Belém e queremos expandir a escuta social para todo o Estado. “Nossa meta é aproximar cada vez mais a sociedade do Ministério Público, e que possamos escutar as demandas dos movimentos sociais, para entendermos quais são as necessidades desses movimentos, bem como todos os tipos de vulnerabilidades a que estão expostos”, enfatizou Luziana Dantas.

 

Ela explicou que dentro do grupo do gênero mulher, há vários grupos vulneráveis, como mulheres negras, mulheres lésbicas, mulheres trans, mulheres travestis e algumas até com interseccionalidades, quando essas vulnerabilidades se cruzam. “Precisamos entender quais são essas necessidades, que muitas vezes são mais específicas do que o gênero como um todo. E podermos enquanto Ministério Público traçarmos diretrizes de atuação para que essas demandas possam ser resolvidas ou pelo menos mitigadas. E também para que as políticas públicas possam ser pautadas com base nessas necessidades desses grupos mais vulneráveis”, frisou.

 

Segundo a coordenadora do Núcleo de Proteção à Mulher, dependendo do que for colocado nas escutas sociais das mulheres, o próprio Ministério Público vai dar os encaminhamentos necessários pela instiuição ou acionar as instituições públicas para a tomada de providências.

 

Para Raimunda Lima, Coordenadora do Movimento de Mulheres do Campo e da Cidade do Estado do Pará (MMCC), há várias pautas para serem tratadas na escuta social e o movimento levanta várias bandeiras de atuação, mas dessa vez irão focar muito na questão do feminicídio e da saúde. “A violência contra as mulheres ainda é muito gritante no nosso estado. Nos postos de saúde a mulher infelizmente ainda enfrenta muitas filas para atendimento, nos hospitais, pela busca do tratamento, ainda é uma luta das mulheres. Há essa dificuldade para que as mulheres iniciem seus tratamentos e que tenham acesso a esses serviços, que é um direito”, ressaltou.

 

O Núcleo de Proteção à Mulher informa que o projeto “Escuta Social destinada aos movimentos sociais de mulheres” prosseguirá nos próximos meses em municípios do interior do Pará.

 

Fonte: Assessoria de Comunicação MPPA


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