Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

Nubank diz que dinheiro de golpes é sacado em 7 minutos

por Giovanni Santa Rosa

segunda-feira, 04 de novembro de 2024, 16h45

Celular na mão de uma mulher, que está diante de um computador
Golpes se aproveitam de facilidades do Pix (Imagem: William Iven / Unsplash)

 

 

Bandidos usam engenharia social e agilidade para tirar dinheiro das vítimas, e até mesmo mecanismos legítimos são usados nos golpes. 

 

Segundo o departamento de combate a fraudes do Nubank, criminosos levam, em média, sete minutos para transferir para a conta de um laranja laranja e sacar o dinheiro obtido em golpes. Além disso, 70% dos clientes do banco caem em ações do tipo, apesar de alertas.

 

As informações são de Fabiola Marchiori, vice-presidente de engenharia e gerente geral de combate a fraudes da instituição. Ela participou de um evento do Mobile Time sobre finanças. Marchiori ainda explicou que o Nubank tem mecanismos para atrasar transferências suspeitas, com suspensões que podem durar três horas ou até o dia seguinte.

 

 

Uma mão segura um celular com o aplicativo do Nubank aberto no menu Perfil
Nubank pode atrasar transações suspeitas (Imagem: Lupa Charleaux / Tecnoblog)

 

 

A executiva apontou a engenharia social como um fator determinante. Engenharia social é o nome dado a técnicas de manipulação para conseguir convencer as vítimas a colaborar com os golpistas. A vice-presidente considera que os golpes se tornaram uma questão de segurança pública geral e que este tipo de crime atinge qualquer classe social e idade.

 

 

Febraban diz que golpistas espalham dinheiro

 

Os dados reunidos pelo Nubank corroboram o que outras instituições já observaram. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), os golpistas “espalham” o dinheiro das vítimas em muitas contas, de forma muito rápida.

 

Por isso, a Febraban quer que o Mecanismo Especial de Devolução (MED) do Pix seja mais abrangente, com a possibilidade de bloquear os recursos financeiros em mais camadas. Assim, mesmo que o criminoso transfira o dinheiro para outra conta, esta quantia ainda poderia ser bloqueada.

 

Estas alterações, porém, não resolveriam o problema dos saques. Uma vez que a quantia é retirda em espécie, não haveria como reverter a transferência. Além disso, os criminosos conseguem ser criativos a ponto de usar os próprios regulamentos de proteção para aplicar golpes. Recentemente, surgiu o golpe do Pix errado.

 

Funciona assim: o criminoso faz um Pix para a vítima, entra em contato dizendo ser engano e pedindo a devolução do valor. Após receber o dinheiro de volta, ele faz uma reclamação formal ao banco, que usa o MED para retirar novamente o dinheiro da vítima e transferi-lo para o bandido.

 

 

FONTE: Tecnoblog 


topo