'Supervazamento' pode ter exposto seus dados; saiba o que fazer
segunda-feira, 29 de janeiro de 2024, 14h28
Também chamado de “maior vazamento da história” ou “mãe de todos os vazamentos”, o registro possui 26 bilhões de dados pessoais de internautas ao redor do planeta; veja
Um “super vazamento” foi encontrado por especialistas em cibersegurança nos últimos dias. Considerado o maior da Internet até hoje, o evento expôs 26 bilhões de contas ao redor do mundo, com 12 terabytes de dados pessoais vazados. Isso significa que inúmeras informações confidenciais, como e-mails, telefones, senhas, nomes de usuários, endereços, números de cartões e documentos, foram compiladas no mesmo lugar. Devido à grandeza, o registro está sendo chamado de MOAB, ou “mãe de todos os vazamentos” na sigla em inglês.
O caso foi descoberto por Bob Dyachenko, pesquisador de segurança cibernética e dono da Security Discovery, junto à equipe do site CyberNews, que publica reportagens sobre cibersegurança. Uma fração significativa desses dados é uma junção de vazamentos anteriores — e isso explica a extensão da lista. Contudo, ainda vale a pena adotar medidas para se proteger. A seguir, saiba ver os seus dados foram vazados e o que fazer.
'Supervazamento' pode ter exposto seus dados; saiba o que fazer — Foto: Reprodução/Unsplash/Towfiqu barbhuiya
O que foi vazado?
A enorme quantidade de dados vazados estava disponível no Elasticsearch, sistema de buscas baseado em banco de dados, e podia ser acessada por qualquer pessoa na Internet. O endereço, no entanto, já saiu do ar. Especialistas afirmam que não é possível saber quem foi responsável por essa exposição, mas acreditam que o vazamento pode ter ocorrido por algum corretor de dados ou empresa de segurança cibernética.
Segundo o CyberNews, a maioria das informações vazadas é dos aplicativos Tecent QQ, com 1,4 bilhão de registros expostos, Weibo, com 504 milhões, MySpace, com 360 milhões, Twitter, com 281 milhões, Deezer, com 258 milhões e LinkedIn, com 251 milhões.
Há, no mínimo, 39 sites brasileiros que fazem parte deste super vazamento de dados. Entre eles, estão: Riachuelo, Pernambucanas, Habib's, Ragazzo, Petrobras, Universidade de São Paulo (USP) e SP Trans. Vale lembrar que os usuários que correm mais riscos são os que utilizam as mesmas senhas para acessar serviços diferentes, afinal, quem acessar os dados pode tentar usar as senhas vazadas para entrar em outras contas.
Como se proteger?
Para checar se teve os dados expostos neste vazamento, basta acessar a ferramenta disponível no site do CyberNews (https://cybernews.com/personal-data-leak-check/). O usuário deve escrever seu e-mail ou número do celular para saber se as informações já foram expostas e clicar em “Verifique agora”. Caso você tenha sido atingido pelo supervazamento de dados, confira algumas dicas do TechTudo para se proteger.
Descubra se você teve dados expostos com a ferramenta do site CyberNews — Foto: Reprodução/Thaisi Carvalho
1. Troque sua senha de todas as contas com esse e-mail
Se o e-mail que você digitou na ferramenta do CyberNews tiver sido exposto, atualize todas as senhas de serviços acessados com este endereço. Assim, você evitará que golpistas ou cibercriminosos utilizem a informação para acessar contas diferentes.
2. Prefira senhas fortes e diferentes para cada conta
Evite utilizar a mesma senha em diversos serviços na Internet ou redes sociais, pois isso facilita um possível ataque. Além disso, procure criar códigos fortes para cada conta, mesclando números, letras e símbolos. Uma dica é utilizar geradores de senha para aumentar ainda mais a segurança.
Utilize senhas fortes e diferentes para cada conta — Foto: Reprodução/Unsplash/FLY:D
3. Use autenticação de dois fatores
Mais uma dica para se proteger é utilizar a autenticação em dois fatores, método de segurança que solicita duas formas de identificação para liberar o acesso aos recursos e dados. Isso representa uma camada extra de produção para as suas contas e evita possíveis ataques.
4. Não associe o seu e-mail a qualquer site
Por fim, evite associar o seu e-mail a qualquer site disponível na Internet, especialmente se a página parecer suspeita ou exibir algum indício de alteração. Procure sempre por fontes oficiais antes de comprar produtos ou acessar serviços.
Evite associar a sua conta de e-mail a sites possivelmente maliciosos — Foto: Mariana Saguias/TechTudo
Com informações de Valor Econômico e Cyber News
FONTE: TECHTUDO