Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

Mãe denuncia discriminação contra filha com Síndrome de Down em atração de shopping de Brasília; vídeo

quarta-feira, 19 de julho de 2023, 13h04

Permanência de menina de 10 anos sem responsável não foi permitida no local, que aceita crianças de 5 anos desacompanhadas

 

Mãe denunciou discriminação contra crianças com deficiência em brinquedoteca de shopping no DF

Mãe denunciou discriminação contra crianças com deficiência em brinquedoteca de shopping no DF Reprodução

A brasiliense Melina Sales dos Santos denunciou pelas redes sociais o que classifica como um caso de discriminação contra sua filha, que tem Síndrome de Down, no Shopping Iguatemi, no Lago Norte, no Distrito Federal. Segundo ela, a menina de 10 anos foi impedida de brincar sozinha em uma atração, neste último domingo. A empresa que administra o local disse, em nota, que irá apurar o episódio.

 

Segundo Melina dos Santos, uma brinquedoteca do estabelecimento impedia que crianças com deficiência entrassem no local sem um acompanhante. A atração permite que crianças de 5 anos fiquem no local sozinhas, de acordo com a mãe, que tambem é presidente da Associação DFDown, entidade civil que defende os direitos de pessoas portadores da síndrome.

 

Mãe denuncia discriminação contra filha com Síndrome de Down em atração de shopping

 

Na postagem no Instagram, a mãe relata que a filha já esteve outra vezes nesse tipo de atração sem problemas. "Zilah, minha filha, tem 10 anos, é alfabetizada, estuda em turma regular, sabe se comunicar bem, faz natação, ginástica artística, balé, instrumento musical e tem síndrome de Down", escreveu Melina Sales dos Santos.

 

— Se a pessoa vai para escola sozinha, ela não pode entrar para brincar sozinha? Porquê? Tá discriminando uma criança, que poderia estar brincando como todas as outras — diz ela em um trecho do vídeo que acompanha a postagem — Nunca me senti tão desrespeitada na minha vida. Pessoal daqui ficou agindo como se fosse a coisa mais natural do mundo.

 

Na postagem na qual fez a denúncia, Melina dos Santos criticou a política da empresa que administra a atração em oferecer descontos de 50% para pessoas com deficiência. "O que está em jogo aqui não é o valor da atração, nem essa caridade de pagar metade, e sim, a atitude discrimnatória do espaço que permite que crianças com 5 anos fiquem desacompanhadas, mas uma criança com deficiência intelectual com 10 anos não possa ficar sem alguém a seu lado para "controlá-la".

 

Procurada a Safári Diversões, empresa que cuida da brinquedoteca, disse não compactuar "com qualquer tipo de atitude discriminatória e informa que está apurando o incidente, conforme relato da cliente. A empresa esclarece que recomenda a permanência dos adultos acompanhantes de todas as crianças no espaço do evento e que sua política aplicada para crianças com deficiência está emconstante revisão e aprimoramento".

 

Fonte: oGlobo


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