Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

Denúncia de violência contra trabalhadores rurais em Minas Gerais é apurada pela Presidência da CDHM

segunda-feira, 12 de abril de 2021, 15h50

Carlos Veras demandou diferentes órgãos do Estado para verificar denúncias de violências contra trabalhadores rurais no município do Prata em Minas

Denúncia de violência contra trabalhadores rurais em Minas Gerais é apurada pela Presidência da CDHM


O Deputado Federal Padre João (PT/MG) transmitiu à Presidência da CDHM denúncia de violência física e ameaças de morte contra trabalhadores rurais sem-terra que ocupam a Fazenda Barreirinho, no município do Prata, em Minas Gerais. Segundo a denúncia, grupos contratados por fazendeiro da região estariam praticando uma série de violências contra os trabalhadores rurais que ocupam a localidade desde 2011: derrubada de cercas, corte de energia, destruição de lavouras, furto de animais e ferramentas, além de bloqueio do acesso dos trabalhadores rurais aos seus sítios.

A CDHM, por meio do deputado e presidente da comissão Carlos Veras, oficiou a Superintendência Regional da Polícia Federal, a Secretaria de Justiça e Segurança, a Procuradoria Geral de Justiça e a Coordenação do Centro de Apoio Operacional Especializado na Área de Conflitos Agrários do Ministério Público do Estado de Minas Gerais, pedindo providências para solucionar os conflitos agrários e a situação de violência no município do Prata.

“As denúncias são graves. É preciso que o Estado esteja presente, buscando soluções para esses conflitos agrários, por meio de uma atuação integrada que garanta que os direitos dos trabalhadores rurais sejam respeitados”, reforçou Carlos Veras.

A denúncia afirma que no mês de fevereiro aproximadamente 40 pessoas, sob o comando do fazendeiro, teriam agredido agricultores e agricultoras. Na ocasião, nove trabalhadores rurais sem-terra teriam ficado feridos.

Já em março, um grupo de pessoas, liderado pelo fazendeiro, teria incendiado a casa de trabalhadores rurais idosos, deixando um cenário de destruição total. Em um outro imóvel, um grupo teria ameaçado de agressão física os agricultores, destruído lavouras e colocado veneno na água consumida pelas famílias.

Os atos de ameaças de despejos, de violência física e destruição de bens teriam sido praticados por grupos que seriam empregados de empresas de segurança privada que prestam serviços em áreas rurais, sobretudo na região do Triângulo Mineiro, e indicam o envolvimento de milícias armadas. Além disso, os fatos violentos já teriam sido registrados reiteradamente na Delegacia de Polícia Civil do Prata, sem que tivessem sido solucionados.


Fonte: Câmara dos Deputados


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