Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

Brasil registrou 273 mortes violentas de pessoas LGBTQIAP+ em 2022

segunda-feira, 15 de maio de 2023, 14h57

Em 2022, foram registradas ao menos 273 mortes violentas de pessoas LGBTQIAP+ no Brasil. Desses casos, 228 foram assassinatos, 30 foram suicídios e 25 foram de outras causas, como morte decorrente de lesões por agressão.

 

O levantamento foi realizado pelo Observatório de Mortes Violentas Contra LGBTI+ em parceria com a Associação Nacional de Travestis e Transexuais – Antra e a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos – ABGLT, divulgado pela Folha de S. Paulo.

 

Por ausência de dados oficiais, as principais fontes consultadas foram notícias publicadas na mídia.

 

Travestis e transexuais representam a maior parte dos mortos (58%), seguidos por gays (35%), lésbicas (3%) e homens trans (3%).

 

Em 2021, ocorreram 316 mortes violentas. Ou seja, em um ano, houve redução de 14% no total de mortos.

 

A coleta de dados foi iniciada em 2000, quando foram computados 130 óbitos. Em 2017, foi registrado o pico da série histórica, com 445 mortos.

 

Em 2022, segundo os pesquisadores, a idade das vítimas variou de 13 a 75 anos. A maior parte dos mortos são jovens adultos entre 20 e 29 anos (33,33%).

 

Dos 273 casos computados, foi identificada raça de 187 indivíduos, correspondendo a 68,5% do total: 94 eram brancas e 91 pretas ou pardas. Houve dois casos de pessoas indígenas.

 

Sobre o método empregado, 74 mortes foram causadas por arma de fogo e 48 foram por esfaqueamento.

 

Nordeste (118) e Sudeste (71) foram as regiões com mais ocorrências levantadas.

 

Confira a matéria completa.

 

 

 

 

Fonte: Assessoria de Comunicação do IBDFAM (com informações da Folha de S. Paulo)

 


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