Câmara dos Deputados. Plenário aprova projeto que regulamenta asilos para idosos
quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024, 14h17
Deputados da oposição criticaram a fala do presidente Lula em que comparou a ação de Israel na Faixa de Gaza ao extermínio de judeus pelos nazistas no século passado. As declarações do presidente foram dadas durante reunião da Cúpula da União Africana na Etiópia.
Depois das declarações, o governo israelense declarou Lula como persona non grata, ou seja, o presidente brasileiro não é mais bem-vindo em Israel. Em resposta, o governo brasileiro mandou seu embaixador em Israel voltar para o Brasil.
De acordo com Messias Donato (Republicanos-ES), as declarações de Lula sobre Israel ofendem a comunidade judaica e rompem alianças econômicas e comerciais importantes para o País.
Afonso Hamm (PP-RS) demonstra preocupação com as declarações do presidente Lula em viagens internacionais. Para ele, Lula foi irresponsável e seu discurso não representa o povo brasileiro.
Afonso Hamm cobra do presidente Lula ações eficazes na política interna, com foco em questões como renda, redução do preço dos alimentos e suporte ao setor agrícola.
Luiz Lima (PL-RJ) considera a fala de Lula insensível e inadequada e acredita que pode gerar repercussões negativas nas relações diplomáticas do Brasil, especialmente com Israel.
Junio Amaral (PL-MG) afirma que a comparação feita entre o Holocausto e a reação de Israel aos ataques é inadmissível, pois desrespeita não apenas o povo israelense, mas a humanidade.
Zé Trovão (PL-SC) condena as comparações entre a defesa de Israel contra o Hamas e os crimes de Hitler contra os judeus. O deputado considera as declarações um ultraje ao povo israelense.
Os deputados do PL Nikolas Ferreira (PL-MG), Rodolfo Nogueira (PL-MS) , e Roberto Monteiro Pai (PL-RJ) também lamentaram as declarações do presidente. Os deputados temem que as relações internacionais do Brasil sejam prejudicadas pela posição de Lula.
Já Mauricio do Vôlei (PL-MG) atribui a fala de Lula ao seu despreparo e a uma leitura errônea sobre os fatos. O deputado afirma que o presidente da República envergonha o Brasil.
Na opinião de Ricardo Salles (PL-SP), a comparação que Lula fez fere as relações históricas entre brasileiros e israelenses. O parlamentar acrescenta que o presidente também fracassou na tentativa de mediar o conflito entre Rússia e Ucrânia e nas negociações entre Mercosul e União Europeia.
Caroline de Toni (PL-SC) acredita que o Estado de Israel busca apenas a defesa de seu povo e de sua cultura, ao passo que o Hamas representa um grupo terrorista, que usa civis como escudos humanos e ainda persegue grupos minoritários, como os homossexuais.
Jandira Feghali (PCdoB-RJ), no entanto, defendeu o discurso de Lula que foi, segundo ela, uma crítica à ação do governo israelense e não ao povo judeu. De acordo com a deputada, a guerra no Oriente Médio é de um exército contra um povo desarmado.
Jandira Feghali também acusa a oposição de fazer um esforço para desviar a atenção das acusações envolvendo o ex-presidente Bolsonaro.
Valmir Assunção (PT-BA) acusa os deputados de oposição de serem favoráveis ao massacre de um povo indefeso. O congressista afirma ainda que as mortes de tantos civis são causadas pela negação de Israel à criação do Estado Palestino.
Chico Alencar (Psol-RJ) compartilha sua experiência pessoal sobre viagem feita à Gaza e a Israel em 2008, quando conheceu, em hospitais, crianças palestinas amputadas, e entrou em contato com o grupo semita Paz Agora.
Chico Alencar denuncia a falta de vozes da direita na defesa da ajuda humanitária, da negociação pela paz, na condenação das ocupações e do sionismo expansionista que quer, segundo ele, eliminar os palestinos da própria Palestina.
Na opinião de Tadeu Veneri (PT-PR), muitos que comentam sobre a situação no Oriente Médio, desconhecem a história dos 70 anos de conflito na região. O parlamentar argumenta que há uma contínua usurpação de território e recursos por parte de Israel, o que acaba encurralando a população palestina.
Luiz Couto (PT-PB) acusa o primeiro-ministro de Israel de utilizar fake News para desviar a atenção dos crimes que comete contra o povo palestino. O deputado elogia o presidente Lula pela coragem em defender a vida dos inocentes e critica aqueles que apoiam uma política genocida.
Helder Salomão (PT-ES) reforça a necessidade de o mundo todo reagir contra as 30 mil mortes de palestinos. O deputado oferece seu respeito ao povo israelense, condena os ataques do Hamas, mas questiona quantos dos mortos palestinos são, realmente, terroristas.
Alice Portugal (PCdoB-BA) expressa solidariedade ao povo palestino, diante do conflito com o Estado de Israel. Ela defende a criação de um Estado da Palestina, destacando a importância histórica e a necessidade urgente da medida.
Gilvan da Federal (PL-ES) critica o PT e o PSOL, afirmando que esses partidos defendem o Hamas, grupo extremista palestino. O deputado argumenta que o Hamas comete atos de terrorismo e que, por isso, não deveria ser defendido por nenhum partido.
No entanto, Alfredinho (PT-SP), expressa indignação com a situação de violência na Faixa de Gaza, destacando o elevado número de vítimas. O deputado argumenta que a intervenção de Lula trouxe o problema para a agenda internacional.
Na avaliação de Merlong Solano (PT-PI), Lula comparou a abordagem de Israel na Faixa de Gaza ao que os nazistas fizeram durante o Holocausto para enfatizar a gravidade da situação e a urgência de uma intervenção internacional.
Segundo Merlong Solano, o apoio de diversos países e organizações internacionais ao pedido de cessar-fogo evidenciam o impacto e a relevância do posicionamento do presidente nesse contexto.
Em meio às críticas à fala de Lula, deputados de oposição comemoraram as assinaturas pedindo impeachment do presidente por suas declarações sobre o conflito entre Israel e o Hamas.
Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP) declara que a comparação controversa do presidente sobre Israel demonstrou a incapacidade de Lula para exercer qualquer função administrativa.
Já Mauricio Marcon (Podemos-RS), acusa o presidente e membros do PT de defenderem o Hamas e o genocídio e que, por isso, devem ser afastados do governo.
Airton Faleiro (PT-PA), no entanto, rejeita a ideia de impeachment do presidente Lula por conta de sua posição em relação ao conflito entre Israel e Palestina. O deputado considera a proposta como um devaneio da oposição e questiona sua legitimidade.
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Fonte: Agência Camara de Noticias