Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

TJSE: CIJ realiza terceiro curso para postulantes à adoção de 2021

segunda-feira, 28 de junho de 2021, 08h51

Prestar informações sobre direitos, deveres, legislação e sobre o que é necessário para a construção de uma relação afetiva entre o adotado e a nova família é o objetivo do Curso de Preparação Psicossocial e Jurídica para Pretendentes à Adoção. O curso é promovido pela Coordenadoria da Infância e Juventude (CIJ) do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE). A terceira edição deste ano foi realizada na manhã desta segunda-feira, 21/06, por meio de videoconferência.

 

O curso foi aberto pela Juíza Iracy Mangueira, responsável pela CIJ. “Com muita satisfação realizamos mais um curso para os postulantes à adoção. Com um modelo diferente, por videoconferência, mas que foi autorizado pelo Conselho Nacional de Justiça, através de atos normativos. Não poderíamos deixar os senhores na espera porque sabemos que a habilitação para a adoção é um momento muito esperado. Desejo que em breve, quando todos estejamos vacinados, possamos voltar ao modelo presencial”, destacou a magistrada.

 

Logo em seguida, foi exibido um vídeo do Juiz Paulo Macedo, Titular da 4a Vara Cível de Nossa Senhora do Socorro. Ele fez uma retrospectiva sobre adoção ao longo dos últimos séculos no mundo e falou também sobre as leis brasileiras relacionadas ao tema. “A Constituição Federal obriga o Estado, a família e a sociedade a assegurar os direitos das crianças e adolescentes”, enfatizou o Juiz. Ele disse também que uma das características da adoção é que ela é irrevogável e o adotado tem os mesmos direitos dos filhos biológicos.

 

Os postulantes ainda assistiram a um vídeo sobre o Projeto Acalanto, associação sem fins lucrativos de apoio à adoção; e ao vídeo ‘Trem da adoção’, produzido pela Diretoria de Comunicação do TJSE, com a história da adoção. Também foram realizadas palestras da assistente social Joelma Silva e da psicóloga Denise Freitas Brandão, ambas do 3o Núcleo Psicossocial do TJSE, da Comarca de Estância.

 

A assistente social discorreu sobre situações que colocam crianças e adolescentes em situação de risco e que podem levar os pais à perda do poder familiar; a exemplo da dependência química, violência doméstica, situação de rua, transtornos mentais, carência socioeconômica, ausência de ações do Estado, entre outras. Ela ainda mostrou o perfil das crianças e adolescentes que, atualmente, estão institucionalizadas em Sergipe e falou sobre direitos dos adotantes, como licença-paternidade e maternidade.

 

Após o intervalo, foi a vez de a psicóloga Denise Brandão falar sobre os aspectos psicológicos da adoção. Ela conversou com cada postulante, perguntando a cidade de origem, expectativas para o curso e por que tiveram o desejo de adotar. Falou sobre gestação e filiação afetiva, lembrando que ela vai além da pressão social por ter filhos e do desejo de ajudar uma criança. A psicóloga também deu algumas dicas para adoção de crianças maiores.

 

A próxima turma do curso deverá ser ofertada no dia 23 de agosto. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) determina, em seu artigo 50, parágrafo 3º, que a inscrição de postulantes à adoção deve ser precedida de um período de preparação psicossocial e jurídica. Em 2020, após o início da pandemia da Covid-19, foram realizadas quatro edições do curso por meio de videoconferência, contando, no total, com a participação de 105 postulantes.

 

fonte: TJSE


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