Inventário Município Carbono Zero aponta arrecadação potencial de 340 milhões de dólares

Uma arrecadação potencial na ordem de U$ 340 milhões, mais de R$ 2 bilhões, foi o que mostrou o inventário de Diamantino (MT), integrante do Programa Município Carbono Zero. O valor estimado pelo documento vem do potencial de carbono de 17 milhões de toneladas, se foram comercializados, com base na certificação jurisdicional, na casa de 20 dólares. O inventário é parte da implementação do programa, e o mapeamento mostra como está o equilíbrio climático municipal e o estoque de carbono, na floresta, na agricultura e na pecuária. 

O diagnóstico indica área florestal total, nativas e plantadas, de 329.280,04 hectares, representando cobertura de 39,84%; Área de Preservação Permanente (APP) estimada em 25.729,60 hectares,  59,77% do total da cobertura florestal; e necessidade de recuperação estimativa em 15.377,60 hectares para que todas as propriedades do Município estejam adequadas ambientalmente. Também prevê área florestal de 22.924.197,76 toneladas de biomassa acima do solo (AGB) e 39.506.034,14 toneladas de carbono equivalente (CO2e) estocado na vegetação.

Desenvolvido pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), em parceria com a Confederação Nacional de Notários e Registradores (CNR) e o Instituto Clima, o programa busca inserir os Municípios brasileiros na implementação de políticas climáticas, alinhadas com os objetivos e metas internacionais. Ainda na parte de levantamento de dados e análises, as ações apontam o perfil econômico e socioambiental municipal, os riscos climáticos e diversos outros aspectos para elaboração de políticas locais climáticas.

Ao assinar o termo de cooperação, o presidente da Confederação, Paulo Ziulkoski, destacou a importância de buscar o equilíbrio do sistema climático, em benefício das gerações futuras. O representante da entidade no programa, Augusto Braun, frisa o valor potencial de arrecadação. “É um valor bastante significativo para o Município”, destacou.

Fonte: CNM