Itália retira nomes de mães homoafetivas de certidões de nascimento dos filhos
segunda-feira, 24 de julho de 2023, 12h31
Na cidade de Pádua, localizada no norte da Itália, crianças que tenham sido fruto de inseminação artificial só terão a filiação da mãe que engravidou reconhecida na certidão de nascimento.
Na última sexta-feira, 21 de julho, iniciou-se o processo de remoção do nome de mães LGBTQIAPN+ do documento.
As crianças foram registradas a partir da gestão do governo de Sergio Giordani que, a partir de 2017, fez campanha para remover as designações de "mãe" e "pai" das certidões.
A ideia foi frustrada pela ascensão da primeira-ministra Giorgia Meloni, que já deu declarações de cunho homotransfóbico.
A premiê italiana proibiu governos locais de autorizarem o registro de crianças por ambos os pais ou mães caso sejam do mesmo sexo. Com isso, apenas o nome do pai ou da mãe biológicos poderão constar na certidão.
Na Itália, a barriga de aluguel é considerada prática ilegal. Por isso, muitos casais recorrem aos métodos de inseminação no exterior.
Além disso, o casamento homoafetivo não é legalizado. Por isso, a adoção por pais ou mães não biológicos só é permitida por via judicial.
Fonte: IBDFAM