MPPE - CAO Educação e ESMP promovem roda de diálogo sobre violência contra a escola
por MPPE
terça-feira, 23 de maio de 2023, 16h58
O Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação (CAO Educação) em parceria com a Escola Superior (ESMP) do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) promoveu, na última sexta-feira (19), uma palestra seguida por uma roda de diálogo sobre violência contra a escola. O evento, que ocorreu na sede da ESMP em formato híbrido, teve o objetivo de discutir as diversas causas da violência contra a comunidade escolar no contexto atual do país, dialogar sobre possíveis ações institucionais do MPPE no enfrentamento à violência nas escolas e debater formas de construir uma cultura de paz nas instituições de ensino.
“A questão da violência escolar está dentro das pautas do CAO Educação, e a roda de diálogos é importante nesse sentido, porque também precisamos ouvir. Por isso, além de trazermos uma estudiosa para palestrar e expor com dados sobre o assunto, também ouviremos membros e servidores do MPPE, pois eles, que estão na ponta, irão trazer dados de seus respectivos municípios para que, juntos, possamos encontrar soluções efetivas para o fenômeno da violência escolar” ressaltou a coordenadora do CAO Educação, Promotora de Justiça Isabela Bandeira, no início do encontro.
No primeiro momento, a coordenadora do CAO Educação destacou a importância do entendimento do MPPE acerca do fenômeno da violência escolar, a fim de que a Instituição possa traçar linhas de atuação efetivas no enfrentamento às diversas formas em que o problema pode ocorrer.
“O Brasil e o mundo passaram por episódios violentos nas escolas. Diante disso, é importante que o MPPE traga essa discussão internamente para que possamos ter uma linha de atuação sistemática. O objetivo do evento é justamente entender as causas desse fenômeno tão triste para a história das escolas, bem como saber de que forma eles ocorrem, pois estudos hoje mostram que a violência escolar tem causas sociais relevantes, como bullying, homofobia, transfobia, racismo, misoginia, entre outras formas de preconceito. E isso precisa ser entendido para que haja uma atuação efetiva da Instituição”, salientou Isabela Bandeira.
Em seguida, durante a palestra, a professora e pesquisadora da UFPE Catarina Carneiro Gonçalves abordou, de forma expositiva, diversas questões importantes para o entendimento do fenômeno da violência escolar no contexto brasileiro.
A professora apresentou dados sobre o histórico de casos de violência em instituições de ensino do Brasil, bem como por meio de estudos acerca das possíveis causas e características dos ataques que ocorreram nas escolas da rede pública e particular de ensino, a palestrante examinou de que forma as instituições tentaram implementar medidas de redução dos danos e, a partir disso, como o MPPE pode atuar de forma mais efetiva nesses casos. Durante a palestra, Catarina Gonçalves ressaltou também a importância de trabalhos sistemáticos de ajuda a serem desenvolvidos por diversas instituições para a construção de uma cultura de paz nas escolas.
“Conversamos sobre questões relacionadas à violência escolar em todas as formas, como ela se apresenta nas escolas, e como podemos pensar formas mais eficazes de gestão desse problema baseado no que as evidências das pesquisas têm nos mostrado. Eu penso como muito relevante discutir essa questão no MPPE porque a Instituição tem um papel importante de controle e fiscalização, inclusive, das políticas educativas. Nesse sentido, o órgão precisa compreender esses fenômenos de violência escolar com as suas particularidades e também as formas mais eficazes de gestão desse problema”, destacou Catarina Gonçalves.
Após o término da palestra, a Promotora de Justiça Isabela Bandeira deu início à roda de diálogo. Nesse momento do encontro, membros, assessores, servidores e estagiários do MPPE puderam expor pontos de vista, tirar dúvidas, bem como propor formas de atuação no enfrentamento à violência no contexto escolar.
Durante a roda de diálogo, os participantes do encontro evidenciaram a importância da atuação das instituições com o objetivo de fazer com que o aluno sinta-se pertencente à comunidade escolar, a relevância da presença de profissionais especializados nas escolas como forma de prevenção aos casos de violência, além de pensar em como o MPPE pode atuar junto às comunidades e às escolas na promoção de uma cultura de paz, sobretudo, entre crianças e adolescentes.
Fonte: MPPE