Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

violência contra crianças

Diálogo orienta profissionais da educação a combater violência contra crianças

por Andrea Cordeiro | Coordenadoria de Imprensa TJPA

quarta-feira, 21 de setembro de 2022, 15h12

Uma Roda de Conversa reuniu cerca de 445 professores(as) e assistentes escolares de vários Distritos de Belém nesta sexta-feira,16, no auditório Ismael Nery, no Centur. Na ocasião, os(as) profissionais aprenderam a identificar possíveis sinais de casos de violência contra crianças e adolescentes e a notificá-los. 

 

O diálogo foi conduzido pela juíza titular da 1ª Vara de Crimes contra a Criança e o Adolescente (1ª. VCCA), Mônica Maciel Fonseca, à frente do projeto Minha Escola, Meu Refúgio, como parte da programação da I Festa Literária de Belém (Flibe) das Infâncias. O evento foi organizado pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Semec), por meio de uma parceria com o projeto Ser Criança e Adolescente na Belém da nossa Gente com o projeto Minha Escola, Meu Refúgio.

 

A pedagoga da 1ª VCCA, Kelly Rosário, reaizou uma dinâmica com base na cartilha elaborada pela Vara sobre a 1a. infância.  Participaram da roda de conversa a coordenadora da educação infantil, Maria Heloísa, a psicóloga Camila Malcher e a embaixadora das Infâncias, Heliana Barriga. Cada uma das palestrantes fez uma apresentação e em seguida respondeu às perguntas do público.

 

A juíza Mônica Maciel destacou que, assim como escritores, escritoras e artistas fazem, educadores e educadoras deve olhar e ouvir além do que veem e ouvem, percebendo mudanças de comportamento das crianças das crianças, que tantas vezes não verbalizam, mas seus corpos falam, quando passam a demonstrar tristeza, choro fácil ou isolamento nos desenhos que fazem, e que representam um pedido de socorro. A embaixadora das infâncias Heliana Barriga fez uma síntese poética do encontro.

 

Projeto - O  Minha Escola, Meu Refúgio leva palestras e rodas de conversa  à comunidade escolar desde 2014, envolvendo pais, mães, responsáveis e corpo docente, no intuito de orientar sobre o combate à violência física e psicológica, assim como reconhecer sinais de violência sexual em crianças e adolescentes.  Idealizado a partir de experiências verificadas nos casos em tramitação na 1a. VCCA, em que foi constatado que a maioria dos crimes sexuais contra o público infantojuvenil são praticados por familiares, o projeto se baseia na percepção que as mudanças de comportamento podem ser identificadas de forma mais próxima na escola, por ser o segundo ambiente mais frequentado pela criança.

 

O projeto visita regularmente escolas da Região Metropolitana de Belém e estendeu-se a outras regiões, como o Marajó. Em 2020, foi homenageado na 17ª. Edição do Prêmio Innovare, na categoria Tribunal, entre as boas práticas reconhecidas de promoção e proteção dos direitos da Primeira Infância na categoria Sistema de Justiça, tendo sido selecionado entre os dois finalistas nessa categoria e recebido menção honrosa.

 

Fonte: Tribunal de Justiça do Estado do Pará


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