Coronavírus: MP recomenda à prefeitura de Alto Paraíso a correta alimentação de dados da Covid
segunda-feira, 06 de julho de 2020, 11h15
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) recomendou ao prefeito de Alto Paraíso de Goiás, Martinho Mendes da Silva, e à secretária municipal de Saúde, Maria Cleonice de Sousa, que realizem, em 24 horas, a correta alimentação dos dados referentes à Covid-19 nos sistemas oficiais. Conforme esclarece o promotor de Justiça Márcio Vieira Villas Boas de Carvalho, são desses sistemas que a Secretaria Estadual de Saúde (SES) extrai informações para fins de divulgação e estudos técnicos, mediante a alteração e atualização do status do caso (de suspeito para confirmado ou descartado ou para óbito), encerrando-o conforme protocolos previamente estabelecidos e que deveriam ser do conhecimento de cada gestão local de saúde.
O promotor observou que o teor do plano estadual de contingência para o enfrentamento da infecção humana pelo novo coronavírus prevê, entre seus objetivos específicos, o estabelecimento de atuação coordenada, no âmbito da SES e demais setores envolvidos, na perspectiva de se conferir a devida e eficiente resposta aos casos. Márcio Vieira considerou o acionamento do nível três deste plano, conforme recomendações do Ministério da Saúde, e o fato de o governador ter decretado a quarentena alternada, ressaltando a importância dos dados epidemiológicos para elaboração de estudos sobre projeções de casos confirmados, da necessidade de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) e as mortes decorrentes da doença.
Divergência
De acordo com o MP, os dados do município de Alto Paraíso constantes no portal da SES apontam 7 casos confirmados, 22 suspeitos e 25 descartados. Na quarta-feira (1°/7), os dados do boletim epidemiológico do município são de 14 confirmados, 40 descartados, 3 em observação e 1 aguardando resultado.
“A existência de inconsistências entre os dados dos boletins epidemiológicos do município e os divulgados pelo Estado, em especial a existência de possível subnotificação, deve ser sanada”, afirmou o promotor.
Fonte: Ministério Público do Estado de Goiás