Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

Brasil reduz em 8% casos de infecção por tuberculose e HIV

terça-feira, 01 de outubro de 2019, 14h18

Após alta em 2014, país mantém ritmo de queda de registros de coinfecção entre tuberculose e HIV. Resultados estão no novo boletim ‘Panorama epidemiológico da coinfecção TB-HIV no Brasil 2019’
 

As pessoas que vivem com o HIV têm 25 vezes mais chances de desenvolver tuberculose do que uma pessoa que não tem o vírus. Isso acontece devido a fragilidade do sistema imunológico que é responsável por defender o organismo contra doenças e, assim, as pessoas com HIV ficam mais suscetíveis a desenvolver, ao mesmo tempo, a tuberculose – doença infectocontagiosa que afeta prioritariamente os pulmões. No Brasil, em 2017, dos 74,8 mil novos casos de tuberculose registrados, 11,4% apresentaram resultado positivo também para o HIV, o que representa 8,5 mil pessoas infectadas pelas duas doenças (TB-HIV). Este é o menor percentual registrado desde 2014, quando 12,4% (8,8 mil) das pessoas identificadas com tuberculose também viviam com HIV.
 

Desde então, o país vem conseguindo diminuir a coinfecção a partir da ampliação do diagnóstico e tratamento disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS), gratuitamente, para as duas doenças.  Em 2009, eram 3.162 pacientes em uso de medicamentos antirretrovirais para HIV durante o tratamento da tuberculose. Em 2017, esse número passou para 5.155 pacientes, um aumento de 63%. Além disso, ao longo dos anos, o Ministério da Saúde tem ampliado o número de teste rápidos de HIV distribuídos aos estados, em 2014, foram 6,4 milhões testes distribuídos e, em 2019, foram 13,8 milhões de testes, um aumento de 116%.
 

“O diagnóstico precoce e o tratamento antirretroviral regular têm um impacto significativo na sobrevida das pessoas diagnosticadas com tuberculose e coinfectadas com HIV”, destacou a coordenadora de Vigilância das Doenças de Transmissão Respiratória de Condições Crônicas do Ministério da Saúde, Denise Arakaki. 
 

A infecção dupla por tuberculose e HIV aumenta em mais de 200% a chance de óbito quando comparado a pessoas com tuberculose e sem HIV. Significa que dentre as pessoas com HIV e TB, 19% evoluem para óbito, contra 6,2% naquelas que possuem apenas tuberculose, sem a presença do vírus HIV.
 

Os dados estão no boletim “Panorama epidemiológico da coinfecção TB-HIV no Brasil 2019”, publicação lançada pelo Ministério da Saúde na última segunda-feira (25), durante o XII Congresso da Sociedade Brasileira de DST, em Foz do Iguaçu (PR). 

Fonte: Ministério da Saúde.


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