Não caia em fake news: aprenda a identificar notícias falsas sobre vacinação
sexta-feira, 19 de julho de 2024, 17h11
Com frequência, ao navegar pela internet, especialmente em redes sociais e grupos de mensagens instantâneas, certamente você já se deparou com mensagens com chamadas fortes que apelam à emoção. Essa são as principais características das fake news – a desinformação, ou notícia falsa. O objetivo é estimular o compartilhamento da mensagem com o máximo de pessoas. Muitas vezes, o título é enganoso e não corresponde ao restante do texto. Por isso, nunca leia só o título do texto e confira se o fato foi noticiado em outros veículos.
Você também já deve ter recebido mensagens de amigos ou familiares alegando, por exemplo, que vacinas causam câncer ou que um medicamento específico pode curar a dengue. Trata-se de afirmações perigosas e, muitas vezes, infundadas.
Desinformação na área da saúde
A pandemia de covid-19 mostrou como a desinformação pode ser prejudicial. Durante esse período, remédios ineficazes foram amplamente divulgados e medidas de segurança comprovadas - como o uso de máscaras e a vacinação - foram desqualificadas. Por isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica a desinformação como uma das principais ameaças à saúde global.
Graças à estratégia de microplanejamento, iniciada no ano passado, o Brasil registrou, em 2023, um aumento na cobertura vacinal em 13 das 16 principais vacinas do calendário do Programa Nacional de Imunizações (PNI), comparado a 2022. A média de aumento foi de 7,1 pontos percentuais, com destaque para a tríplice bacteriana, que subiu de 67,4% para 76,7%.
O microplanejamento, que é recomendado pela OMS, consiste em diversas atividades com foco na realidade local, desde a definição da população-alvo, escolha das vacinas, definição de datas e locais de vacinação, até a logística. Entre as estratégias que podem ser adotadas no microplanejamento pelos municípios estão: a vacinação nas escolas; a busca ativa de não vacinados; imunização em qualquer contato com serviço de saúde e extramuros; checagem da caderneta de vacinação e intensificação da imunização em áreas indígenas.
Como identificar fake news
Narrativas falsas podem ser sofisticadas e parecer verdadeiras, utilizando sites confiáveis, citações de médicos renomados e imagens de pessoas reais em situações distorcidas. No entanto, com cuidado, é possível identificar conteúdos falsos. Confira algumas medidas para identifica-las.
Procure informações em sites oficiais e reconhecidos sobre saúde. Verifique se outras fontes com credibilidade abordam o mesmo tema.
Grupos de desinformação frequentemente usam informações verdadeiras fora do contexto. Cheque se a publicação é atual e se o conteúdo está contextualizado corretamente.
Desinformação geralmente usa um tom dramático para gerar medo, dúvida ou indignação. Fique atento a adjetivos exagerados.
Verifique os dados apresentados em sites oficiais. A internet disponibiliza diversos dados públicos para consulta.
Fake news frequentemente citam médicos renomados ou pesquisas de universidades famosas que são difíceis de verificar. Pesquise essas fontes em sites de busca confiáveis.
Se você identificou uma notícia falsa, é importante denunciá-la. Cada rede social possui mecanismos para avaliação e remoção de conteúdos enganosos. Confira um passo a passo do Ministério da Saúde para denunciar fake news nas redes sociais Facebook, Instagram, Twitter, WhatsApp, TikTok, YouTube, Linkedin e Kwai.
Além disso, é possível consultar fontes oficiais e confiáveis sobre saúde como:
Um teste contra as fake news da saúde
Faça o teste do Saúde com Ciência, uma iniciativa do Ministério da Saúde, e saiba se você já pode ter caído em fake news ou até propagado uma notícia falsa sem saber.
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Segundo estudos e pesquisas, a vacinação é reconhecida como uma das mais eficazes estratégias para preservar a saúde da população e fortalecer uma sociedade saudável e resistente. Além de prevenir doenças graves, a imunização contribui para reduzir a disseminação desses agentes infecciosos na comunidade, protegendo aqueles que não podem ser vacinados por motivos de saúde.
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Fonte: Ministério da Saúde