MPPA: Autor da "chacina do Paca" é condenado a 55 anos de reclusão
segunda-feira, 31 de maio de 2021, 10h28
Em sessão do Tribunal do Júri encerrada nesta quinta-feira, 27 de maio, no Fórum de Santarém, foi condenado a 55 anos de prisão em regime fechado o autor da chacina com três vítimas da mesma família, ocorrida em maio de 2019 na comunidade de Paca, no município de Belterra.
O MPPA foi representado pelo titular da 5ª Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri, Diego Libardi Rodrigues, e a sessão presidida pelo Juiz Gabriel Veloso, titular da 3ª Vara Criminal. O réu Mauro Barrozo Braga confessou os crimes e estava preso desde o dia 6 de junho de 2019.
O réu foi condenado pelas mortes de Pedro Boschetto, de 63 anos, Raimundo Silva de Paula, 43 anos, e Douglas Boschetto de Paula, 12 anos. O crime de tentativa de homicídio contra Jorge Luis Boschetto foi desclassificado para lesão corporal, sendo determinada a remessa para o Juizado Especial Criminal.
Os jurados acataram a tese da promotoria por maioria de votos, e a pena foi fixada pelo Juízo em 55 anos de reclusão em regime inicialmente fechado, em decorrência da prática dos homicídios qualificados por meio que dificultou ou impossibilitou a defesa das vítimas (CP, artigo 121, §2º, inciso IV).
Segundo os autos, no dia 27 de maio de 2019, o réu saiu de sua residência localizada na comunidade São Benedito, zona rural de Belterra, com uma espingarda, em destino a comunidade do Paca, com o intuito de matar Raimundo e Pedro.
O réu encontrou com a vítima Raimundo no curral e realizou disparo de arma de fogo, causando a sua morte. Em seguida, foi até a residência de Pedro e, no caminho, encontrou a vítima Douglas (12 anos de idade), e também disparou contra ele. Depois Mauro seguiu em direção à casa de Pedro, que também alvejado.
Após os três homicídios, o réu ainda tentou contra a vida de Luís Boscheto, que estava próximo de Pedro e presenciou o ocorrido. Como a munição já tinha acabado, desferiu golpes de facão, mas a vítima conseguiu fugir. Mauro fugiu para as matas e ficou onze dias escondido, sendo preso no dia 6 de junho de 2019 pela polícia, enquanto caminhava pela margem da rodovia Cuiabá-Santarém, em Belterra.
Fonte: MPPA