Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

MPMT - Dia Nacional de Luta Contra Violência à Mulher

quinta-feira, 10 de outubro de 2024, 15h59

 

⚖️Foi sancionado nesta quarta-feira (9) o projeto de Lei nº 4.266 de 2023, que torna o feminicídio um crime autônomo e agrava a pena para a maior prevista no Código Penal, de até 40 anos.

 

🤚🏽Na prática, a proposição amplia as respostas preventivas e punitivas aos crimes praticados contra mulheres. Cria a previsão de que o crime de matar uma mulher por razões de gênero preveja reclusão de 20 a 40 anos, a maior prevista no Código Penal, e amplia a pena para crimes de lesão corporal e violência doméstica contra mulheres.

 

👤O texto ainda altera a Lei dos Crimes Hediondos, para reconhecer o feminicídio como crime hediondo, e a Lei Maria da Penha, para ampliar a pena do descumprimento da medida protetiva de urgência. Adicionalmente, o texto institui a prioridade na tramitação dos crimes inscritos nesta nova legislação e estabelece, para tais, a gratuidade de justiça.

 

👩🏼Na justificativa para propor a Lei, a senadora Margareth Buzetti (PSD/MT) afirmou que, até então, o feminicídio era considerado homicídio qualificado, e que transformá-lo em crime autônomo, com aumento das penas e medidas preventivas e punitivas, garante maior proteção às mulheres, além de combater a impunidade e permitir o monitoramento dos dados, dado que a criação de um tipo penal específico possibilita a formulação de estatísticas mais precisas sobre esse tipo de crime.

 

🇧🇷O Brasil registrou em 2023 1.363 feminicídios, alta de 1,6% em relação a 2022. Com uma morte a cada 6 horas foi o maior índice registrado desde que a lei contra o feminicídio foi criada em 2015. Os dados são do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). A pesquisa apontou que 18 estados apresentaram uma taxa de feminicídio acima da média nacional, de 1,4 mortes para cada 100 mil mulheres. Mato Grosso foi o estado com maior número de mortes: 2,5  mulheres mortas por 100 mil.


topo