Coordenadora do NUPEVID e do NAVI/MPPI participa de debate sobre violência de gênero e empoderamento feminino no terceiro Café com Ouvidoria

A coordenadora do Núcleo de Promotorias de Justiça de Defesa da Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar (NUPEVID) e do Núcleo de Atendimento às Vítimas (NAVI) do Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI), promotora de Justiça Amparo Paz, participou da 3ª edição do Café com Ouvidoria, evento promovido pela Ouvidoria Geral do Estado do Piauí (OGE-PI). Realizado nessa terça-feira (19), o encontro abordou o tema “Violência de gênero e empoderamento feminino”.

Debatendo temas desde o contexto do histórico patriarcal da sociedade, passando pelas conquistas alcançadas para as liberdades educacional, pessoal e profissional das mulheres, a representante do MP destacou que é a partir da educação de cada lar que se desconstrói ou fomenta uma cultura machista.

“Muito mais que explanação sobre mecanismos jurídicos, acredito na mudança da sociedade através da educação” , pontuou a promotora Amparo, que agradeceu o convite do ouvidor Geral do Estado, Raimundo Dutra, para participar do debate.

Na ocasião, houve uma palestra aberta à participação, esclarecimento de dúvidas e troca de vivências profissionais e pessoais. Primeira ouvidora Geral do Estado, ex-vereadora de Teresina e suplente do senador Marcelo Castro, a economista Rosário Bezerra pontuou a importância de haver mulheres ocupando espaços de poder como fator para empoderar e encorajar outras mulheres a assumirem esses papéis.

A gerente de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher da Secretaria de Estado das Mulheres do Piauí (SEMPI), Roberta Mara, trouxe para o centro do debate que, além de soluções além-judiciário, integração entre órgãos públicos, secretarias e, especialmente, uma ouvidoria qualificada em acolher, ouvir e solucionar a situação em que a mulher vítima encontra-se é o grande e essencial desafio.

Entre os convidados estava Cacique Henrique Manoel do Nascimento, de Nazaré do Piauí. Em sua participação, relatou que, em sua comunidade, promovem-se rodas de conversas entre os homens, que se sentem à vontade para compartilhar seus receios e problemas de convivência, exemplificando que, com a participação de ambos os gêneros, o debate consegue trazer soluções e evolução.

Finalizando sua fala, a promotora de Justiça Amparo Paz reforçou que a legislação e os protocolos jurídicos devem avançar, entretanto, a verdadeira solução está no critério sociológico para combater a mentalidade machista no contexto social.

Fonte: MPPI