Juiz concede entrevista sobre questionário para pessoas identificarem casos de violência contra as mulheres
sexta-feira, 02 de fevereiro de 2024, 13h33
O Juiz Ben-Hur Viza, titular do Juizado do Núcleo Bandeirante, concedeu entrevista ao jornal SBT Brasília 1ª edição, que foi ao ar na tarde dessa terça-feira, 29/1, no TV SBT.
O magistrado fez participação ao vivo, no programa, para falar sobre o questionário desenvolvido pelo TJDFT para homens e mulheres perceberem se são autores ou vítimas de situações de violência em relacionamentos.
De acordo com o magistrado do TJDFT, as perguntas foram “criadas para alertar e nortear as pessoas sobre o perigo de se estar numa violência de gênero”. As perguntas, de acordo com o Juiz, “dão dicas às mulheres sobre se estão em situação de violência”, afirmou.
A reportagem reproduziu perguntas do questionário do TJDFT, que conta com 17 itens, ao todo. De acordo com o magistrado, uma única resposta “sim” já liga o sinal de alerta. “Essas perguntas todas buscam qualificar a relação e demonstrar em qual relação a mulher caminha em direção ao maior risco”, disse.
Subnotificação
O Juiz Ben-Hur alertou que a falta de notificação dos casos de violência às autoridades é um dos principais empecilhos ao combate ao feminicídio. “Um dos grandes problemas que nós temos hoje são as mulheres que não estão registrando ocorrência, embora sofram violência. A maior das mulheres que morre – as vítimas fatais do feminicídio –, em regra, elas sofreram violência antes e não denunciaram”, alertou.
Por fim, o magistrado falou sobre os investimentos do TJDFT na prevenção à violência contra a mulher. “O TJDFT é o tribunal que, proporcionalmente, mais investiu em juizados de violência doméstica e familiar contra a mulher. Todo fórum tem um Juiz especializado, tem um promotor de Justiça que trabalha, tem um defensor público que atua nessa área, tem uma defesa para a mulher. O Tribunal tem parcerias com outros órgãos, como por exemplo, com a Polícia Militar (...), com a Polícia Civil (...), e temos uma meta aqui de decidir as medidas protetivas no dia em que ela chega”, exaltou.
Fonte: TJDFT