PM de Valadares promove encontro para discutir o combate à violência doméstica
quarta-feira, 19 de abril de 2023, 08h39
A participação masculina na prevenção destes casos de violência vai ser o tema do encontro.

Devido à crescente no número de casos de violência contra as mulheres, incluindo o feminicídio, em Valadares, a 8ª Região da Polícia Militar vai realizar o 1º Seminário de prevenção à violência doméstica, com o tema “A participação do homem na prevenção à violência contra as mulheres”. O encontro vai ser, no dia 26 de abril e tem como principal alvo o público masculino.
O seminário será no auditório da 8ª RPM, das 8h às 11h30, com palestrantes que vão abordar diversos pontos deste tema. O encontro vai contar com a participação do Cel. Paulo Henrique, Comandante da 8ª RPM; Dr. Vinícius Pereira, Juiz de Direito; Dra. Carla Regina, Promotora de Justiça; Dra. Adelina Xavier, Delegada da Polícia Civil; e Dr. Kevin Barbosa, Psicólogo do CREAS. A participação é aberta a todos e gratuita.
Tipos de violências sofridas pelas mulheres
Violência psicológica
São atos e falas que desequilibram a mulher emocional e psicologicamente. Esta violência visa diminuir a autoestima, controlar as atitudes, decisões, impedindo, por exemplo, que a mulher estude, siga uma carreira profissional e adquira independência financeira. Essas atitudes não podem ser confundidas com cuidado e zelo pela mulher. A imposição sobre as decisões da mulher pode acontecer por meio de discursos carinhosos, mas também por meio de humilhação, isolamento, ameaças, vigilância constante, chantagens, ofensas, ou seja, atitudes que prejudicam a saúde mental da mulher.
Violência física
É constituída de qualquer ato que reprima a mulher, utilizando a força física. Os tipos de violência física variam entre puxões de braço, de cabelo, empurrões e até socos e espancamentos. As consequências físicas e psicológicas são graves e muitas mulheres que sofrem esta violência enfrentam o medo de denunciar, devido ao receio de não acreditarem na sua história.
Feminicídio
É considerado feminicídio o crime em que estiver envolvida a violência familiar e doméstica; o menosprezo e a discriminação à condição de mulher. Isso porque 35% dos homicídios de mulheres no mundo são cometidos por seus parceiros, segundo a Organização Mundial da Saúde.
A lei 13.104, mais conhecida como Lei do Feminicídio, considera crime hediondo, ou seja, o Estado entende como um crime grave e cruel.
Violência sexual
Atos ou tentativas de relação sexual sem o consentimento da mulher, normalmente feitos de formas violentas ou sob coação. Violência sexual é abuso, assédio e estupro. Pode ser cometida tanto por pessoas desconhecidas como por pessoas conhecidas.
Violência doméstica
Normalmente engloba todos os tipos de violência falados anteriormente. É uma violência velada ou explícita que acontece, literalmente, dentro de casa. Em se tratando de violência doméstica contra a mulher, ela acontece em quaisquer faixas etárias, podendo ser quando ela é criança e/ou adolescente, quando é adulta ou até mesmo idosa.
Segundo dados do Instituto Avon sobre a violência doméstica contra a mulher, 2 milhões de mulheres no Brasil são vítimas desses abusos por ano. A pesquisa revelou que apenas 63% delas denunciam a agressão. O medo em denunciar pode partir tanto do desamparo financeiro, como o marido ameaçar tirar seus filhos ou até por conta de ameaças de morte.
Para denunciar casos de violência contra a mulher é preciso ligar para o número 180. Por este canal, criado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres, o denunciante ou a própria vítima receberá orientações sobre onde buscar apoio por perto, além de obter informações sobre os passos que devem ser tomados para solucionar o problema.
Fonte: Rádio Mundo Melhor