Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

Delegacias no interior do AC devem instalar sala para acolhimento a vítimas de violência doméstica e familiar

sexta-feira, 20 de maio de 2022, 13h19

Objetivo é acolher da melhor forma possível mulheres vítimas de violência doméstica e familiar e crianças e adolescentes vítimas de violência e abuso sexual, nas delegacias com a disponibilização de uma sala específica para atender estas vítimas.

 

Uma portaria, publicada na edição dessa quarta-feira (18), no Diário Oficial do Estado (DOE) institui a padronização de estrutura para atendimento a vítimas de violência doméstica e familiar, seja mulheres ou crianças, nas delegacias do interior do Acre, com a criação de sala específica.

 

O projeto Bem-me-Quer iniciou na delegacia de Sena Madureira, interior do Acre, em janeiro de 2021, idealizado pela delegada Mariana Gomes e deve ser padrão em todos os municípios do interior do estado, segundo determina a portaria. O acolhimento também já ocorre nas cidades de Manoel UrbanoSenador Guiomard e Santa Rosa do Purus.

 

“O projeto visa o acolhimento e atendimento da vítima de violência no interior, já que não temos especializadas. E traz inúmeras consequências na prática na qual destaco: um atendimento diferenciado estimula o encorajamento às denúncias. Assim, conseguimos investigar e combater os crimes comunicados em sede policial atuando diretamente na prevenção e repressão”, pontuou a delegada.

 

O objetivo é acolher da melhor forma possível mulheres vítimas de violência doméstica e familiar e crianças e adolescentes vítimas de violência e abuso sexual, nas delegacias com a disponibilização de uma sala específica.

 

Desta forma, fica normatizada a padronização do ambiente, recepção, acolhimento e atendimentos às vítimas de violência física, psicológica, moral, patrimonial, sexual que envolvem mulheres, adolescentes e crianças nas delegacias do estado.

 

A sala deve representar um ambiente acolhedor, de forma que a vítima tenha um atendimento humanizado e garanta o combate eficiente às infrações penais e também evitar a revitimização na apuração dos crimes, além de estimular as denúncias, de forma a diminuir a estatística dos crimes não denunciados e, consequentemente, a impunidade dos crimes praticados com violências às vítimas.

 

Para montar o espaço devem ser seguidos alguns padrões como pintura da cor que simboliza o combate a violência contra a mulher, o lilás; disponibilizar folder do projeto; conter brinquedos para uso nos atendimentos às crianças e adolescentes; equipamentos necessários para ouvir as vítimas.

 

O lançamento do projeto foi feito no dia 18 maio, data em que é lembrado o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Infantil.

Fonte: G1


topo