Ataques com IA e cultura digital frágil: Especialista explica como se blindar
quarta-feira, 17 de dezembro de 2025, 08h10
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Os golpes digitais evoluem em velocidade alarmante e exigem medidas práticas e urgentes para se evitar prejuízos. Ativar a autenticação em duas etapas, usar senhas diferentes para contas pessoais e profissionais e desconfiar situações que exigem decisões rápidas são os três passos básicos para se blindar, segundo o especialista João Brasio, que comanda o quadroCiberAlerta do canal Times Brasil CNBC.
"Golpes dependem de urgência. Quando alguém pressiona para resolver algo rapidamente, esse normalmente é o principal sinal de alerta", explica Brasio, que vê na televisão uma grande aliada para que o brasileiro passe de alvo fácil a usuário consciente. Ele afirma que o risco maior não está só na tecnologia, mas no fator humano.
"O usuário comum precisa entender que o golpe quase nunca começa no aparelho, mas na exposição diária de informações pessoais", diz. Segundo o especialista, os criminosos têm utilizado engenharia social combinada com inteligência artificial para criar ataques com aparência realista.
"Hoje vemos golpes que utilizam voz clonada, mensagens hiperpersonalizadas, deepfakes e automações que testam milhares de vítimas ao mesmo tempo", comenta Brasio.
A proposta do CiberAlerta, exibido dentro do telejornal Radar, é justamente transformar conhecimento técnico em orientação acessível. "Trabalhar diante das câmeras representa uma responsabilidade muito grande", afirma Brasio, que está à frente da Elytron Cybersecurity, que atende empresas como Nubank, Latam e Polícia Federal.
Ele conta que o maior desafio é transformar complexidade em clareza sem perder profundidade. O consultor também adianta que seu quadro será expandido no próximo ano, com reportagens mais didáticas e simulações de golpes reais. Brasio defende o papel da TV como ferramenta de conscientização.
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Riscos do futuro
João Brasio acaba de ser condecorado com o título de Comendador da Ordem Nacional do Mérito do Empreendedor Visconde de Mauá, pela Sociedade Brasileira de Heráldica e Humanística, e diz que a conquista sintetiza três compromissos que ele tem.
O especialista quer fortalecer a cultura de segurança digital no Brasil, incentivar inovação e empregabilidade no setor de tecnologia e aproximar governo, empresas e sociedade de práticas mais maduras de proteção digital.
Após representar o Brasil em eventos internacionais, ele alerta para o que está por vir. "Três movimentos merecem atenção imediata: ataques com inteligência artificial generativa, fraudes financeiras executadas por bots e uso crescente de deepfakes de voz e vídeo para fraudes empresariais e sequestros virtuais."
Para Brasio, antecipar essas ameaças é essencial. "Nosso trabalho é educar e fortalecer as defesas antes que isso se torne massivo", conclui.
Fonte: Notícias da TV - UOL.