Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

Aplicativo de corrida do CV gerava mais de R$ 1 mi por mês, diz delegado

quarta-feira, 10 de setembro de 2025, 15h13

O aplicativo Rotax Mobili, que a polícia diz ter sido desenvolvido pelo CV (Comando Vermelho) para atuar no transporte alternativo da região da Vila Kennedy, zona oeste do Rio, gerava lucro de mais de R$ 1 milhão por mês aos chefes da facção criminosa, segundo o delegado Alexandre Netto, titular da 34ª DP (Delegacia de Polícia), em Bangu.

 

O que aconteceu


Em entrevista ao UOL, o delegado à frente da investigação afirmou que os criminosos pretendiam ampliar a atuação. Para além da receita de R$ 1 milhão por mês adquirido na região da Vila Kennedy, o CV tinha como objetivo aumentar a atuação para outros locais da zona oeste, além da favela da Rocinha, na zona sul do Rio.

 

O tráfico também teria proibido a atuação de Uber e 99 na região.

 

"Um mototaxista que é obrigado a utilizar apenas um tipo de equipamento é uma vítima", diz delegado

 

 

Antes do aplicativo, o crime organizado já determinava quem podia e quem não podia atuar como motorista de aplicativo na região.

 

A diferença é que, com o aplicativo, entre 20% e 30% das corridas são pagas diretamente para a caixinha do Comando Vermelho, segundo a investigação.

 

Policiais civis realizaram ontem uma operação contra o esquema.

 

Quatro pessoas foram presas. Os cabeças do esquema criminoso, de acordo com a polícia, são Edgar Alves de Andrade, o Doca, apontado como principal chefe do CV em liberdade, e Jorge Alexandre Cândido Maria, o Sombra, apontado como chefe do CV na Vila Kennedy. Doca também teria ligado para Celso Luís Rodrigues, o Celsinho da Vila Vintém, chefe da ADA (Amigo dos Amigos), para que o app pudesse rodar nas favelas dominadas por ele.

 

Fonte: UOL Notícias.


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