Homem preso por pornografia infantil aliciava crianças em jogos virtuais.
quarta-feira, 27 de agosto de 2025, 17h42
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Um homem de 47 anos, preso em Belo Horizonte por produção, armazenamento e compartilhamento de pornografia infantil, aliciava crianças por meio de jogos virtuais e trocava os conteúdos pelo Telegram, aplicativo de mensagens.
Família de menina de 11 anos denunciou o caso
A prisão ocorreu no dia 14 de agosto, quando a Polícia Civil de Minas Gerais cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa do suspeito, no bairro Dom Bosco, e acabou encontrando os materiais criminosos. Dessa forma, efetuou-se a prisão em flagrante do homem.
De acordo com o delegado Arthur Benício, as investigações começaram a partir de uma denúncia oriunda de São Paulo. Na ocasião, a família de uma menina de 11 anos de idade encontrou uma troca de mensagens entre ela e o suspeito. Com isso, os parentes repassaram o caso à polícia.
“Ela era obrigada a enviar conteúdos de nudez, e ele também enviava vídeos se masturbando para ela”, explicou o delegado.
Homem usava jogos virtuais para conseguir pornografia infantil
Diante da abertura do inquérito policial em São Paulo, as autoridades identificaram que o homem residia na capital mineira. Assim, enviaram-se os autos para a Polícia Civil de Minas, que aprofundou as investigações e conseguiu o mandado de busca.
Durante a abordagem, o homem confessou os crimes. Embora a polícia tenha identificado cinco vítimas até o momento, ele afirmou ter atacado 13 crianças, tanto meninas quanto meninos. Além disso, alegou estar praticando os delitos há pelo menos três anos.
Conforme Benício, o suspeito utilizava jogos virtuais para se aproximar das vítimas. Primeiramente, usava um nome falso e mentia a própria idade, apresentando-se como um adolescente. A partir disso, iniciava uma conversa e, então, migrava para o Telegram, por onde praticava o aliciamento para o envio de material explícito. Em alguns casos, segundo o delegado, ele chegou a revelar a própria idade para as crianças, perguntando se elas se importavam com isso.
O delegado ainda destacou que, apesar de o homem nunca ter sido preso antes, ele é alvo em Boletins de Ocorrência (BO) por assédio sexual, tanto virtuais quanto físicos.
Polícia alerta para o monitoramento das redes
Diante da gravidade do caso, a polícia faz um apelo para que os pais monitorem as atividades virtuais dos filhos, sobretudo no uso de aplicativos como o Telegram, que dificultam o rastreio dos usuários. “As crianças não devem ter acesso a esse tipo de rede social. Caso optem por utilizar, é obrigação dos pais fazer o monitoramento”, afirmou Benício.
Por Isabel Bergamin Neves
Contato: investigacao@medialand.com.br