Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

Biometria lidera segurança digital e deve autenticar mais da metade das transações globais até 2026

terça-feira, 12 de agosto de 2025, 16h33

A biometria é escolhida por 73% dos brasileiros, uma tendência que aponta para o declínio das senhas convencionais

 

Tokens e senhas já não são os métodos favoritos, dando lugar às impressões digitais, reconhecimento facial e até a análise da voz – que emergem como a nova fronteira na autenticação de transações.

 

Mais de 4,2 bilhões de dispositivos móveis já utilizam algum tipo de biometria ativa, segundo a Juniper Research, e a previsão é que, até o final de 2026, 57% de todas as transações digitais globais serão validadas por esses métodos.

 

Marlon Tseng, CEO da Pagsmile - Biometria lidera segurança digital e autentica transações em 2026

 

Marlon Tseng, CEO da Pagsmile

 

No Brasil, a adesão à tecnologia também já é uma realidade palpável. Uma pesquisa da Accenture mostra que 73% dos consumidores brasileiros se sentem mais seguros usando biometria do que os tradicionais códigos numéricos em aplicativos bancários e carteiras digitais. “A biometria não apenas aumenta a segurança, mas elimina inconveniências no dia a dia das pessoas, que não precisam mais decorar senhas ou carregar tokens físicos”, comenta Marlon Tseng, CEO da Pagsmile, instituição de pagamentos autorizada pelo Banco Central.

 

O mercado global de biometria, que movimentou US$60 bilhões em 2025, caminha para ultrapassar a marca de US$120 bilhões até 2029, de acordo com a Mordor Intelligence.

 

Esse crescimento acelerado vai além de uma migração dos pagamentos para o ambiente digital, sendo uma disputa pela hegemonia no ecossistema financeiro.

 

Mas se a conveniência e a segurança são inegáveis, os desafios em torno da privacidade e do uso ético dos dados biométricos ainda exigem atenção – principalmente no que tange a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), visto que a coleta e o armazenamento de dados biométricos são considerados informações sensíveis. Segundo Tseng, “a LGPD não é um obstáculo. É uma garantia de que a inovação aconteça com responsabilidade. Dados biométricos são sensíveis e não devem ser negligenciados, por isso exigem protocolos rígidos para evitar violações”.

 

O Brasil, por sua vez, se encontra em uma posição singular, com vantagens competitivas nessa corrida. O Pix e o Open Finance criaram as bases para soluções disruptivas, com redução de custos operacionais e ganhos de eficiência que beneficiam tanto empresas quanto consumidores. “O sistema de pagamentos instantâneos foi catalisador dessa transformação. Além de acelerar transações, ele normalizou a adoção de tecnologias complementares, como os sistemas biométricos“, observa o executivo.

 

Combinando um ecossistema financeiro inovador com uma estrutura regulatória robusta, o país tem a chance de se tornar referência na adoção segura e massiva da biometria. “Nos próximos anos, veremos a biometria se expandir para além dos bancos, integrando-se a serviços públicos, saúde e até mesmo ao varejo físico. O Brasil tem todas as condições para liderar essa transformação, desde que garanta transparência, inclusão e, principalmente, segurança”, finaliza.

 

Sobre a Pagsmile

 

A Pagsmile é uma instituição de pagamentos especializada em soluções que conectam negócios a mercados emergentes. Autorizada pelo Banco Central como IP, está habilitada a operar contas de pagamento pré-pagas e Pix indireto, fortalecendo sua atuação no setor de banking. Fundada na China em 2012 e com atuação no Brasil desde 2015, oferece mais de 150 métodos de pagamento e processa mais de US$ 500 milhões por mês.

 

Fonte: Crypto ID.


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