Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

Cibersegurança deve deixar de ser luxo e se tornar acessível para pequenas e médias empresas

terça-feira, 29 de julho de 2025, 14h37

 

A cibersegurança deixou de ser luxo e se tornou acessível para as pequenas e médias empresas devido à sua atual democratização

 

Por Fabio Brodbeck

 

Fabio Brodbeck, Diretor da Vertical Security Tech da ACATE - Cibersegurança deve deixar de ser luxo para se tornar acessível

Fabio Brodbeck, Diretor da Vertical Security Tech da ACATE

 

Há poucos anos, era comum ouvir que segurança digital era algo caro, complexo e reservado a grandes empresas. Essa percepção, embora compreensível à época, já não se sustenta na realidade atual. A verdade é que a cibersegurança se democratizou.

 

Hoje é possível, sim, montar uma estrutura de proteção eficiente, escalável e dentro do orçamento, inclusive para startups e empresas de pequeno e médio porte.

 

Mais do que proteger redes ou dados, estamos falando de garantir a continuidade e a reputação dos negócios em um ambiente onde as ameaças são cada vez mais sofisticadas  e, ao mesmo tempo, mais generalizadas no ambiente virtual.

 

Isso porque o ataque cibernético não escolhe apenas grandes alvos: a maioria dos incidentes ocorre de forma randômica, afetando justamente quem está menos preparado.

 

Quando falamos em cibersegurança, não estamos lidando apenas com firewalls, antivírus ou senhas fortes. Segurança digital também tem consequências no mundo físico, e vice-versa. É por isso que precisamos enxergar a segurança em três dimensões que se complementam: a cibernética, a patrimonial e a segurança pública. Essas áreas podem até parecer separadas, mas estão cada vez mais integradas. 

 

Um sistema digital mal protegido pode abrir brechas que impactam diretamente a estrutura física de uma empresa. Da mesma forma, ambientes físicos vulneráveis podem comprometer a integridade de dados e operações digitais.

 

E não basta investir em tecnologia se as pessoas que operam os sistemas não estão preparadas — a falha humana ainda é uma das principais portas de entrada para ataques. Segurança eficaz, portanto, depende de uma visão ampla, que considere tecnologia, infraestrutura e comportamento.

 

Essa visão integrada é especialmente importante no contexto das startups. Muitas vezes, na ânsia por escalar o negócio, a segurança acaba sendo adiada ou vista como algo para depois. Mas é justamente no início que ela deve ser estruturada.

 

Quanto antes se incorpora a cultura de segurança — nos processos, nas decisões e nas pessoas —, menor o risco de ter que corrigir, de forma mais cara e traumática, um problema lá na frente.

 

A resposta sobre qual opção escolher para a proteção nem sempre é simples, mas ela passa por um ponto-chave: buscar apoio técnico de quem entende do assunto. Existem hoje muitas soluções acessíveis, inclusive gratuitas ou com modelos freemium, que podem ser adaptadas à realidade de cada negócio.

 

O mais importante é entender a necessidade real da empresa e priorizar os investimentos de forma estratégica.

 

Os profissionais da tecnologia estão olhando para o futuro e querem encontrar soluções ainda mais avançadas: transações patrimoniais físicas digitalizadas e ao alcance das mãos, documentos pessoais em carteiras eletrônicas, contratos e certidões feitas pelo celular.

 

Tudo isso para facilitar o dia a dia das pessoas, mas só pode ser feito se amparado por ferramentas robustas de proteção – e uma dose de consciência coletiva sobre as melhores formas de uso.

 

Fonte: Crypto ID: Informação Estratégica sobre Cibersegurança


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