Estudo revela que 31% das empresas brasileiras sofrem danos à reputação após ciberataques
terça-feira, 29 de julho de 2025, 14h33
Kaspersky apresenta pesquisa que mostra além dos danos técnicos, os ciberataques expõem falhas internas e enfraquecem alianças
Após um ciberataque, algumas organizações se concentram em mitigar as consequências operacionais, mas muitas vezes negligenciam outro custo silencioso que pode se estender por meses ou até anos após o incidente: os danos à reputação. De acordo com a pesquisa da Kaspersky, 31% das empresas no Brasil já sofreram um ciberataque nos últimos dois anos e relataram um impacto direto em sua imagem.
Embora possa parecer intangível em um primeiro momento, esse impacto muitas vezes se traduz em desconfiança por parte do mercado e dúvidas sobre a capacidade da empresa de operar com segurança, mesmo muito tempo depois de ter restaurado seus sistemas, operações e informações sensíveis.
Um ciberataque revela como uma organização protege suas informações críticas, a robustez de sua infraestrutura, a continuidade de suas operações e o nível de segurança que oferece aos clientes, consumidores, parceiros e investidores.
Portanto, quando uma empresa sofre uma violação de segurança, não apenas o incidente em si é avaliado, mas também sua capacidade de resposta. E é justamente nesse processo que, muitas vezes, as vulnerabilidades reais vêm à tona.
De acordo com a pesquisa da Kaspersky, 36% das violações de segurança no Brasil têm sua origem em ameaças internas, prática em que os funcionários que, sem saber, abrem a porta da empresa para ataques. As ações mais comuns incluem baixar malware, acessar sites inseguros e cair em golpes via mensagens falsas (phishing).
Esses erros, longe de serem casos isolados, muitas vezes são interpretados externamente como sinais de uma empresa que não investe em treinamento de pessoas ou protocolos robustos de segurança digital, o que enfraquece sua credibilidade.
Uma vez que a credibilidade é comprometida, as consequências rapidamente se materializam em decisões externas que afetam a continuidade dos negócios. Os resultados revelam que 19% das empresas brasileiras afetadas por incidentes de segurança perderam a confiança de seus clientes.
Outras empresas (6%) enfrentaram a retirada dos investidores no país. Além disso, 11% das empresas brasileiras têm sentido estas consequências, como impactos econômicos mais amplos, que incluem cancelamento de pedidos de seus produtos ou serviços, a queda no valor de suas ações ou o rompimento de alianças com clientes-chave.
A boa notícia é que, embora o dano à reputação após um ataque cibernético possa ser profundo, ele não é irreversível. As organizações que adotam uma postura proativa, investem na cultura de segurança cibernética e respondem de forma transparente a esses tipos de incidentes podem recuperar a confiança do mercado e fortalecê-lo para enfrentar os desafios futuros.
Roberto Rebouças, Gerente-Geral da Kaspersky no Brasil
“Hoje, a segurança cibernética é uma decisão estratégica de negócios. As empresas que investem em proteção digital não protegem apenas seus sistemas, dados e dispositivos; eles também estão protegendo sua reputação, sua continuidade operacional e o relacionamento de confiança que construíram com clientes, parceiros e investidores. Em um ambiente onde os ataques são inevitáveis, a diferença não está em evitar todos os incidentes, mas em como eles são evitados, como reagem e, acima de tudo, quais aprendizados deixam. Ter uma estratégia sólida de segurança cibernética que inclua tecnologia avançada, treinamento de funcionários e protocolos de resposta claros reflete liderança, compromisso e responsabilidade, qualidades que o mercado valoriza cada vez mais”, conclui Roberto Rebouças, gerente-geral da Kaspersky no Brasil.
Para reduzir o impacto na reputação de um ataque cibernético, a Kaspersky compartilha com as empresas algumas medidas importantes:
- É melhor prevenir do que remediar. Adote uma estratégia preventiva de segurança cibernética que permita identificar, responder e neutralizar ataques nos estágios iniciais (com tecnologias como EDR, XDR ou MDR).
- Treine continuamente os funcionários em todos os níveis. A implementação de ferramentas e programas de conscientização de risco digital, como engenharia social ou phishing, e as melhores práticas reduzem significativamente a exposição ao erro humano.
- Aprenda com o incidente e invista em inteligência de ameaças. Monitorar riscos emergentes e analisar o que aconteceu permite antecipar ataques e fortalecer sua estratégia de defesa antes que seja tarde demais.
- Projete um plano de resposta a incidentes. Ter um protocolo claro permite agir rapidamente, conter danos, minimizar o tempo de inatividade, comunicar-se de forma assertiva com os principais públicos e evitar respostas improvisadas que agravam os danos.
- Gerencie a comunicação com transparência. Em caso de incidente, informar de forma clara e oportuna os clientes, parceiros, autoridades e a mídia é essencial para conter o impacto na reputação.
Sobre a Kaspersky
A Kaspersky é uma empresa global de cibersegurança e privacidade digital fundada em 1997. Com mais de um bilhão de dispositivos protegidos contra ciberameaças emergentes e ataques direcionados, seu profundo conhecimento do panorama de inteligência de ameaças e a sua experiência em segurança estão constantemente se transformando em soluções e serviços inovadores para proteger empresas, infraestruturas críticas, governos e pessoas em todo o mundo.
Fonte: Crypto ID: Informação Estratégica sobre Cibersegurança