MPAC promove palestra sobre transtornos mentais

O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio da Corregedoria-Geral, promoveu nesta quinta-feira (03) mais uma palestra do projeto “Saúde Mental Importa – Orientações para o Bem-Estar Profissional”, destinado a desenvolver uma política institucional permanente para garantir o bem estar de seus membros, servidores e colaboradores. A palestra, com o tema “A depreciação dos transtornos mentais”, ministrada pela psicóloga e docente da Ufac Anayran Araújo Dourado, foi acompanhada por integrantes do MP e pela comunidade em geral através do canal da instituição no YouTube e Zoom.

O evento teve a presença do corregedor-geral do MPAC, Álvaro Luiz Araújo Pereira, da procuradora-geral adjunta para Assuntos Administrativos e Institucionais, Rita de Cássia Nogueira e das psicólogas da Corregedoria-Geral, Aldaciane Dantas e Luana Prado. O corregedor-geral destacou que o projeto, idealizado diante da necessidade de tratar sobre as doenças mentais no âmbito da instituição e na sociedade, já abordou temas como a síndrome do burnout, ansiedade e depressão, desafios do trabalho remoto e retorno ao presencial, além de assédio moral no ambiente de trabalho.

“Vejo que há uma aura de vergonha quando se trata de doença mental, como se as pessoas escolhessem padecer de alguma enfermidade do cérebro ou das emoções. Muitos são rotulados e associados à males espirituais, comentários quase sempre depreciativos. O objetivo desse projeto é trazer mais informações e desmistificar a questão das doenças mentais, para que aqueles que sofrem com este mal não sejam depreciados e sejam tratados com o devido cuidado e respeito”, ressaltou o corregedor-geral.

A procuradora-geral adjunta para Assuntos Administrativos e Institucionais enfatizou a necessidade de colocar o assunto em voga. “É preciso desmistificar e jogar luzes sobre este tema, para podermos enfrentar um problema que é de saúde pública. No MPAC, lidamos com gente, fazemos atendimentos. Para que a instituição possa realizar sua missão, é fundamental que os integrantes estejam bem”, disse.

Em sua palestra, a psicóloga Anayran Araújo destacou que muitas pessoas com sofrimento psíquico têm receio de buscar ajuda, mas que é preciso reconhecer o problema, para que ele não permaneça e piore ainda mais.

“Existem certos sofrimentos emocionais, físicos, psicológicos, onde precisamos de um outro profissional para sair daquela situação. Se você sente uma dor no corpo, vai buscar ajuda de um médico especialista naquele local. E quando o problema é na mente? Temos psicólogos, psiquiatras, para poder auxiliar esse indivíduo”, afirmou.

A psicóloga frisou que o estigma e o autoestigma são grandes obstáculos na integração social e na vida plena de uma pessoa em sociedade. “Às vezes a pessoa com diagnóstico de transtorno mental grave sofre não só pela doença em si, mas também pelo estigma, pelo preconceito que as pessoas têm sobre aquela doença. Por isso, precisamos falar sobre isso, buscar ajuda quando necessário, trazer ajuda também para uma pessoa que percebemos que está em sofrimento”, reiterou.

Fonte: MPAC