Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

Brasileia: MPAC realiza seminário para discutir direitos de pessoas autistas

segunda-feira, 04 de abril de 2022, 18h16

 

Tendo em vista a véspera do Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, celebrado no dia 02 de abril, o Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde, Pessoa Idosa e Pessoa com Deficiência, juntamente com a Promotoria de Justiça Cível de Brasileia, realizou nesta sexta-feira, 01, o seminário “Eu sou autista e tenho direitos”.

 

O evento objetivou apresentar e discutir assuntos acerca da educação, saúde e direitos de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), além de dialogar sobre a necessidade de urgente implementação de políticas públicas que atendam essa demanda no município e região.

 

O promotor de Justiça de Brasileia, Juleandro Martins, que já tem desenvolvido um trabalho de atendimento e mapeamento de crianças e adolescentes autistas no município, destacou que o assunto precisa ser discutido o quanto antes, pensando em desenvolver ações concretas para o atendimento dessas famílias.

 

“O MP tem a missão constitucional de assegurar os direitos da pessoa com deficiência. Diante desse nosso dever estamos propondo o diálogo com todos esses atores em busca de materializar aquilo que está no papel”, declarou.

 

Essa união dos vários agentes públicos também foi destacada pela prefeita de Brasileia, Fernanda Hassem. “É muito importe quando as instituições dialogam e resolvem dar as mãos. Podemos chegar, através dessa unidade, ao real benefício dos cidadãos”, disse.

 

Realidade compartilhada

 

Além de falas de profissionais, o seminário também deu abertura aos sensíveis relatos de pessoas como a servidora do MPAC, Márcia Cristina Milandi, que recentemente teve a confirmação de autismo do seu filho.

 

A servidora relatou as dificuldades em busca do diagnóstico e os desafios de lidar com a situação, mas também tratou sobre a força que precisou desenvolver para superar essas questões.

 

“Hoje o autismo é algo real na minha vida e só entende quem realmente convive com uma pessoa do espectro dentro do seu lar. Cada família presente aqui trouxe estampado no seu peito o nome do filho, e cada criança significa uma luta por direitos”, disse.

 

O encontro foi destacado pela coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde, Pessoa Idosa e Pessoa com Deficiência, procuradora de Justiça Gilcely Evangelista, como uma oportunidade para trazer esclarecimentos sobre o assunto.

 

“Em um mundo onde as diferenças ainda são motivo de preconceito e discriminação, a busca pelo conhecimento, pela quebra de paradigmas é o ponto chave no despertar para a realidade da vida. Que esse momento seja de aprendizado e conscientização sobre o tema, para que juntos possamos construir uma sociedade sem preconceitos e com mais inclusão” finalizou.

 

Foram palestrantes no seminário “Eu sou autista e tenho direitos” a médica Bruna Beiruth, que falou sobre o autismo no olhar da saúde; a psicopedagoga Dulcinéia Santiago, que tratou sobre educação, e o procurador da República Lucas Costa Almeida Dias, que abordou o autismo sob o olhar jurídico.

 

 

Fonte: MPAC


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