TJSE: Live no Instagram do Nupemec traz informações sobre cuidados e tratamento da esclerose múltipla
segunda-feira, 30 de agosto de 2021, 16h58
Com o tema “Esclerose múltipla: diagnóstico e tratamento - análise do caso clínico de Claudia Rodrigues”, o Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec) realizou mais uma ação do Projeto Meses Coloridos. A Live foi transmitida no Instagram @nupemectjse, nesta segunda-feira, dia 30, Dia da Conscientização da Esclerose Múltipla e teve como convidada a Estrategista de Vida & Carreira e empresária da atriz e comediante Claudia Rodrigues, Adriane Bonato e como debatedora a Juíza Maria Luiza Foz Mendonça, Coordenadora do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) de Aracaju.
A conversa teve início com um relato sobre a história da atriz Cláudia Rodrigues, que foi diagnosticada com a esclerose múltipla há 21 anos. “Os primeiros sintomas surgiram no palco, durante sua apresentação na peça ‘O monólogo da vagina’. A Claudinha sentiu uma dormência muito forte no braço e a primeira suspeita era que fosse um AVC. Com a ressonância, foi descoberta a esclerose múltipla”, relatou Adriane Bonato.
A empresária narrou que quando a atriz descobriu a doença sabia-se apenas que se tratava de uma doença degenerativa e, por medo, a atriz manteve a condição médica sob sigilo. “No auge da carreira, a maior comediante do país recebe uma notícia de que iria morrer, de que não poderia trabalhar. Assim, ela aproveitou, enquanto estava saudável, para trabalhar e garantir um ‘pé de meia’ para o futuro, para a filha e para o tratamento da doença, quando não mais pudesse trabalhar. Somente em 2006, a Claudinha levou a notícia ao público e deu início ao tratamento em 2007”, acrescentando que a atriz somente se afastou dos trabalhos na tv em 2013.
A Juíza Maria Luiza Mendonça ressaltou que o objetivo da Live é disseminar informações, a exemplo do caso Claudia Rodrigues, para que os pacientes que são diagnosticados com a esclerose múltipla saibam como proceder, inclusive na vida profissional. Destacou que um dos primeiros comentários foi de um servidor do Tribunal de Justiça de Sergipe, o qual expôs ter sido diagnosticado com a esclerose múltipla, estando afastado do trabalho. “Para esse servidor e, para quem nos acompanha nas redes sociais, as informações que estamos trazendo, neste Dia da Conscientização da Esclerose Múltipla, são essenciais porque reforçam que é possível conviver com a esclerose múltipla e ter qualidade de vida, se inspirado no caso Cláudia Rodrigues”, explicou a magistrada.
De acordo com a empresária, a atriz Cláudia Rodrigues precisou mudar a postura e enfrentar a doença para que, mesmo diagnosticada com esclerose múltipla, tivesse qualidade de vida. Afirmou que o acompanhamento médico, medicamentoso, psicológico, fisioterapêutico e, principalmente, o transplante de células-tronco, na época, inclusive, experimental, além do apoio de familiares, amigos, fé e determinação foram o que mudaram a condição da atriz Claudia Rodrigues. “A Cláudia não conseguia dar uma volta no pedal da bicicleta e agora ela já pratica uma hora de bicicleta todos os dias, tornou-se uma atleta”, comemorou Adriane.
Ao final da Live a magistrada Maria Luiza perguntou sobre a rotina da atriz. “Quando iniciamos a Live, as pessoas pensaram que teríamos uma fórmula mágica, mas, no caso da Cláudia, houve todo um processo de evolução para que o tratamento fosse um sucesso. Uma mudança de postura, de enxergar a doença e, mesmo com o transplante das células-tronco, a atriz manteve a rotina de cuidados”, acrescentou.
De acordo com Adriane Bonato, a rotina diária da atriz contempla alimentação saudável com muitas frutas, saladas, grãos, proteínas; atividades físicas, exposição ao sol, atividades motoras, ensaios para peças. “Hoje a Cláudia não faz tratamento, faz treinamento, com uma rotina de segunda a sexta-feira. Se você está com um diagnóstico de esclerose múltipla, não se apavore, tudo vai mudar na sua vida, mas você não pode perder a esperança”, reforçou a empresária. Segundo Adriane, circula entre os grupos de tratamento da esclerose que a vacina da Pfizer, que utiliza o RNA mensageiro, está sendo estudada para a esclerose múltipla com bons resultados laboratoriais. “Essa é uma grande esperança, porque em alguns anos teremos um remédio, uma vacina para a esclerose”, finalizou.
Mais de 50 pessoas acompanharam e participaram com perguntas e relatos sobre a esclerose múltipla. A Live está salva no Instagram do Nupemec (@nupemectjse).
Fonte: TJSE