RODA DE CONVERSA
Promotores de Justiça de Cuiabá debatem comunicação consciente
por ANA LUÍZA ANACHE
quinta-feira, 12 de março de 2020, 16h47
A diferença entre escutar e ouvir foi a provocação inicial da facilitadora Juliana Matsuoka para instalar a roda de conversa sobre Comunicação Consciente com os promotores de Justiça que atuam na sede das Promotorias em Cuiabá. O encontro - primeiro do ano na capital - foi promovido pelo programa “Vida Plena - MPMT pensando em você”, na manhã desta quinta-feira (12), com objetivo de informar e, ao mesmo tempo, conscientizar os membros da instituição a respeito da importância do trabalho desenvolvido há quase um ano, bem como estimular a reflexão sobre qualidade de vida no trabalho.
Juliana Matsuoka explicou que ouvir implica em pouca interação, enquanto escutar é prestar atenção à mensagem emitida. Ela apresentou um vídeo sobre o tema, que reforça a dificuldade das pessoas em escutar e destacou ingredientes que contribuem para uma “escuta de verdade”, como atenção, postura do não saber (mente de principiante) e abertura para o desconhecido/desconfortável. “Quando se quer vencer a conversa, não existe a chance de escutar a pessoa”, afirmou a facilitadora pós-graduanda em Transformação de Conflitos e Estudos de Paz.
O encontro marcou a retomada das atividades do programa em Cuiabá. “A primeira reunião dessa nova etapa está sendo feita com os membros porque a ideia é apresentar o programa mais a fundo, a fim de que eles saibam que também são público-alvo do Vida Plena, assim como os demais integrantes da instituição”, explicou a promotora de Justiça auxiliar da PGJ Claire Vogel Dutra. Responsável por fazer a abertura da reunião, ela agradeceu a presença dos colegas e apresentou os resultados já alcançados nos decorrer de 2019.
Por fim, a promotora de Justiça expôs o planejamento para 2020, que inclui o lançamento do projeto AtivaMente, com oferta de ginástica laboral e grupo de orientação psicossocial, atendimento psicossocial com extensão para acompanhamento de membros por meio da Corregedoria-Geral, continuação das visitas aos polos, lançamento do Portal de Aposentados e Pensionistas e estruturação dos espaços do Vida Plena nas promotorias.
Na sequência, o promotor de Justiça Tiago de Sousa Afonso da Silva, assessor da Corregedoria-Geral do MPMT, passou uma mensagem diferente aos participantes, sobre sentimento. “A Corregedoria-Geral trouxe para si uma meta especial para o Planejamento Estratégico 2020-2023, que é justamente acompanhar e avaliar as condições não apenas físicas, mas também emocionais dos membros. Então viemos aqui anunciar que temos essa meta de cuidado com a pessoa e não com a atividade exatamente que ela exerce. Vamos apresentar a ideia de uma Corregedoria que se importa com o ser humano mais do que com a produtividade”, assegurou.
No começo, o tom era de expectativa “Estou curiosa para conhecer e saber como funciona o Vida Plena”, afirmou a promotora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, coordenadora do Núcleo de Violência Contra a Mulher de Cuiabá. Ao final, era de satisfação. “Achei muito interessante e quero parabenizar pelo programa. Nós, promotores de Justiça, temos a incumbência de garantir a qualidade de vida e o bem estar dos cidadãos, e muitas vezes deixamos de olhar para nós mesmos, para dentro da instituição. Deixamos de ouvir os servidores e colegas que passam por dificuldades. Creio que o Vida Plena nos auxiliará nisso, a enxergar os próximos, escutá-los e tentar minimizar danos de saúde física e mental que afetam, mesmo que indiretamente, nossa rotina de trabalho”, avaliou a promotora de Justiça Ana Luíza Ávila Peterlini de Souza, do Núcleo de Defesa do Meio Ambiente.
Descrição da imagem - #PraCegoVer Homens e mulheres promotores de Justiça sentados, reunidos em uma sala da sede das Promotorias de Justiça de Cuiabá para integração do programa qualidade de vida. Em pé, no lado esquerdo da imagem, a promotora de Justiça auxiliar da PGJ Claire Vogel Dutra falando sobre as ações do programa.