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HOMENAGEM

Nostalgia e descontração marcam reencontro de servidores do 1º concurso

por CLÊNIA GORETH

sexta-feira, 25 de outubro de 2019, 16h56

João Pedro de Campos Filho, Benedito Neto Soares Fontes, Girlane Gomes da Silva e Graciele Santana de França foram alguns dos nomes que constaram na lista de aprovados do primeiro concurso público promovido pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso, em 1996. Eles e outras 35 pessoas tomaram posse em agosto de 1997. Desde então, já se passaram 22 anos, alguns já se aposentaram, outros deixaram a instituição, mas ainda existe um grupo considerável que continua na ativa.

Nesta sexta-feira (25), último dia útil antes do feriado de 28 de Outubro - “Dia do Servidor Público”, reunimos 13 remanescentes do grupo, no hall de entrada da Procuradoria-Geral de Justiça para um ensaio fotográfico em homenagem à data. O reencontro, que nem sempre é possível na rotina diária, proporcionou momentos de descontração e nostalgia ao relembrarem histórias vividas ao longo de todos esses anos  servindo à instituição e à sociedade.

Entre as lembranças marcantes, os relatos de como foi a seleção dos candidatos do primeiro concurso. Algo que hoje parece inimaginável, na época não causou tanta surpresa: os candidatos puderam optar se queriam fazer a prova prática em uma máquina de datilografar manual, elétrica ou em um computador. Atualmente, alguns dos equipamentos utilizados compõem o acervo do Memorial da Instituição.

João Pedro de Campos Filho, lotado há 11 anos no arquivo central do Ministério Público, conta que decidiu fazer o concurso porque estava em busca de estabilidade. Na época ele trabalhava no antigo Cepromat, mas era apenas contratado. “Quando fiz o concurso, para o meu cargo existiam 1.272 candidatos inscritos para 35 vagas e somente 25 foram aprovados. Muitos não conseguiram alcançar a média exigida”, relembra.

Ao ser indagado se percorreria outro caminho caso pudesse voltar no tempo, João Pedro foi enfático: “Tenho orgulho de fazer parte dessa família Ministério Público e faria tudo de novo para chegar onde cheguei”, ressaltou. Girlane Gomes da Silva também comunga o mesmo sentimento. “Valeu muito a pena realizar o concurso. Trabalho em uma instituição respeitada e tenho contribuído todos esses anos em prol do Ministério Público”, afirmou.

A servidora Graciele Santana de França revela que lá atrás, alguns anos depois de assumir o cargo, pensou em desistir porque o salário não era muito atrativo. A reestruturação da política salarial e a satisfação em atender à sociedade, no entanto, fizeram com que ela mudasse de ideia. “Hoje tenho certeza que fiz a melhor escolha. Sempre atuei na área da cidadania e gosto muito de atender a população”, disse.

Filho e neto de servidores públicos, Benedito Neto Soares Fontes diz que se pudesse voltar no tempo “não tomaria outro caminho, mas faria melhor: estudaria para ser promotor de Justiça”, confessa em meio a gargalhadas. Ele disse que quando assumiu o cargo era estudante de enfermagem na Universidade Federal de Mato Grosso, mas o contato com a área de Direito acabou mudando os rumos de sua vida profissional. “Decidi largar o curso de enfermagem e fiz o curso de Direito. Depois concluí também o curso de Gestão Pública, viabilizado por meio de um convênio aqui no Ministério Público”.

TALENTO: Também servidora do Ministério Público, a responsável pelo ensaio fotográfico dos aprovados no primeiro concurso, Fabiana Prado, não poderia ficar fora dessa homenagem. Sempre com sorrisos nos lábios e com disposição para auxiliar no que for possível, a assistente ministerial e fotógrafa profissional não titubeou em aceitar o desafio. “Foi uma experiência maravilhosa, a alegria do grupo era contagiante”, destacou a servidora que nas horas vagas, realiza ensaios fotográficos.