Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

MPE vai investigar se houve negligência dos pais na morte de recém-nascida

quarta-feira, 21 de março de 2007, 00h00

O Ministério Público Estadual é quem vai investigar se houve ou não comprometimento dos pais na morte de uma recém nascida, ocorrido nesta semana em Rondonópolis. A suspeita levantada pelo Conselho Tutelar é que o bebê possa ter morrido em decorrência de estar no mesmo local onde os pais faziam uso de drogas, sendo assim, uma usuária passiva de entorpecente.

O primeiro contato entre o Conselho Tutelar e o bebê aconteceu no último sábado (10) quando ocorreu a denúncia anônima de que a criança estava sendo criada em condições precárias. A criança foi encontrada por conselheiras tutelares na Vila Salmen em numa residência em condições precárias, ela no mato jogada perto de um buraco, e com resíduos de fumaça no rosto.

O Conselho Tutelar encaminhou a criança para o Pronto Atendimento no mesmo dia e posteriormente para um abrigo. Como a recém-nascida não apresentou melhora voltou para ser atendida no PA e depois foi encaminhada a Santa Casa de Misericórdia onde permaneceu durante quatro dias vindo a falecer por parada cardiorespiratória no último domingo (18).

Os médicos chegaram a cogitar possibilidade de transferi-la para Cuiabá para uma Unidade de Terapia Intensiva – UTI, mas havia dúvidas se o bebê resistiria ou não a viagem. No domingo, ela não resistiu e faleceu.

Os pais da criança foi identificado como a menor P.J. e Alex Reis do Nascimento. A criança teria nascido no dia 29 de janeiro em Várzea Grande e ainda não tinha registro de nascimento. Os pais foram procurados pelo Conselho Tutelar neste período, mas não foram encontrados. Na casa onde eles estavam e onde a criança foi encontrada não há mais ninguém morando.

O caso só veio a público ontem. A conselheira Sandra Regina Bonin que acompanhou todos os procedimentos enviou o relatório do Conselho Tutelar para o Ministério Público Estadual tomar as providências. O caso será investigado pela promotora de Infância e Juventude, Maria Fernanda Corrêa da Costa.

Do: Primeira Hora

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