QUESTÃO ORÇAMENTÁRIA

Marcos Lemos

A Gazeta

O procurador-geral de Justiça, Paulo Prado, admitiu ontem que se houver alguns ajustes no seu orçamento de custeio e investimento, aceita congelar pelos próximos quatro anos o repasse do duodécimo do Ministério Público Estadual. "Estou pronto para cooperar com o Governo do Estado", disse ele, apontando que "em se construindo uma unidade em torno de valores dos orçamentos de custeio e investimentos entre a Assembléia Legislativa (R$ 44 milhões) o Tribunal de Contas do Estado (R$ 40 milhões) e o Ministério Público (R$ 22,1 milhões) é possível se falar em congelamento de repasses", frisou Paulo Prado que ontem foi reeleito por mais dois anos como procurador-geral de Justiça de Mato Grosso.

Paulo Prado defende que haja um equilíbrio entre os orçamentos de custeio dos quatro poderes, mas atentando para o fato de que o Tribunal de Justiça e o Ministério Público não se resumem apenas em serviços localizados na Grande Cuiabá. "Atuamos em todo o Estado. Temos 74 Comarcas para serem atendidas e isto demanda custo, pessoal e principalmente dedicação", explicou Prado que por mais de uma hora se reuniu com o governador Blairo Maggi na manhã de ontem para discutir questões relativa ao órgão e a segurança pública.

O chefe do Ministério Público Estadual lembrou que o governador Blairo Maggi é um homem de compromisso e vai cumprir com o acordo de priorizar o crescimento do MP nos municípios. "O governador reconhece que é necessário se investir no Ministério Público que é um serviço voltado para atender a população", disse o procurador-geral cobrando a equiparação nos orçamentos dos poderes.

Comparando os números o Legislativo tem um orçamento de custeio e investimento R$ 22 milhões maior que o Ministério Público e o Tribunal de Contas do Estado cerca de R$ 18 milhões maior que a instituição presidida pelo procurador Paulo Prado.

Diante da crise econômica o governador Blairo Maggi tem pedido o empenho dos poderes constituídos para cortarem gastos e reduzirem despesas.