MPSP: Capacitação Permanente de Atendimento às Vítimas de Crimes Violentos tem 1º módulo

O procurador-geral de Justiça, Mario Sarrubbo, disse que o Curso de Capacitação Permanente de Atendimento às Vítimas de Crimes Violentos, uma inciativa do Centro de Apoio Operacional Criminal (CAOCrim) e da Escola Superior do Ministério Público cujo primeiro módulo, com as exposições das promotoras Silvia Chakian (Lei Maria da Penha), Valéria Scarance (Lei Maria da Penha) e Juliana Tocunduva (Rede de Proteção à Vítima), transcorreu na manhã desta sexta-feira (4/2), é fundamental para que o MPSP combata o fenômeno criminal de maneira integral, o que pressupõe apoio a quem sofreu as consequências do delito. "A vítima precisa de um olhar especial. Ela precisa ser acolhida", sustentou o PGJ.

De acordo com ele, a instituição obtém 84 condenações a cada 100 denúncias ajuizadas na esfera criminal, índice que demonstra a sua altíssima eficiência. Agora o compromisso é prestar a melhor assistência possível às vítimas. "Essa é uma antiga aspiração do Ministério Público de São Paulo", afirmou o PGJ, referindo-se ao Núcleo de Atendimento às Vítimas de Crimes (NAVV), cuja primeira unidade estará funcionando em breve no Fórum da Barra Funda. O projeto será levado para todo o Estado.

A vice-corregedora-geral do MPSP, Liliana Mercadante Mortari, disse ter a certeza de que "o Ministério Público sairá mais rico" desta experiência. Para o diretor da Escola, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, o curso, para o qual 788 integrantes da instituição se inscreveram, é "mais uma ação cidadã". O diretor-geral do MPSP, Michel Romano, tem a mesma visão. "Compete ao Ministério Público trabalhar e se aproximar das vítimas", afirmou.

Segundo o secretário especial de Políticas Criminais, Arthur Pinto de Lemos Junior, a atenção à vítima é uma das "finalidades precípuas" do processo penal. Ele lembrou de projetos de inúmeros colegas que, em suas comarcas, já traziam o apoio à vítima para o centro de sua atuação. "Isso fortalece o trabalho do promotor criminal", declarou Lemos Júnior, para quem a qualificação dos servidores é essencial para o fortalecimento deste aspecto da política criminal do MPSP. "Não somos ninguém sem os nossos servidores", comentou o secretário, antecipando que colegas de outros Estados pretendem replicar o curso de São Paulo.

Fonte: MPSP